4 fatores da vida moderna afetam a fertilidade da mulher

Da Redação       

Os hábitos e comportamentos da vida moderna podem minar o sonho da maternidade. Muitas mulheres desconhecem que o estilo de vida atual pode trazer sérias consequências para a saúde do sistema reprodutor.

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O médico ginecologista e obstetra Edvaldo Cavalcante lista os quatro principais fatores de risco para a fertilidade feminina:  
 
1º) Estresse

Um estudo feito pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que mulheres com altos níveis da enzima alfa-amilase (indicador biológico do estresse) têm 29% a menos de chance de engravidar a cada mês quando comparadas a mulheres com baixas taxas da substância. Além disso, as mais estressadas estão duas vezes mais perto de terem o diagnóstico de infertilidade (um ano de tentativas sem sucesso para engravidar) do que as menos estressadas.

2º) Obesidade e dieta rica em gordura

Um estudo recente mostrou que tanto a obesidade, quanto a ingestão excessiva de gordura, levam ao descontrole do ciclo ovulatório. Esses dois fatores podem alterar a função reprodutiva feminina e a presença de gordura no nas células reprodutivas pode prejudicar a qualidade dos óvulos.

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3º) Sexo sem proteção

Uma pesquisa de mercado feita por uma empresa especializada, no final de 2016, revelou que 51% dos brasileiros sexualmente ativos não usam preservativo, o que aumenta significativamente o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que podem afetar a fertilidade feminina. Estima-se que 70% das infecções genitais causadas por Clamídia, Gonococo, Mycroplasma  e Ureroplasma (agentes responsáveis pela Moléstia inflamatória pélvica – MIPA)  são assintomáticos.

Quando não tratada, a MIPA pode levar à infertilidade em 20% dos casos e em 50% das mulheres que apresentam três ou mais episódios de infecção. Vale lembrar que também há aumento do risco de *gravidez ectópica. Importante frisar que ter relação sem preservativo com múltiplos parceiros é um fator de risco para contrair DST.
 
4º) Adiar a gravidez

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A maternidade tardia já é uma realidade no mundo moderno. Porém, a fertilidade feminina diminui naturalmente na medida em que a idade aumenta. A partir dos 35 anos, há diminuição da reserva de óvulos, assim como queda da qualidade dos mesmos e maiores riscos de alterações cromossômicas, má formação fetal e aborto espontâneo.

Felizmente, esses fatores de risco para a infertilidade podem ser prevenidos. “A mulher que deseja ser mãe precisa adotar hábitos saudáveis desde o início da sua vida fértil, mesmo que a maternidade seja tardia. Quanto mais saudável ela estiver, mais chances de engravidar naturalmente”, explica o médico.

Hábitos saudáveis na gravidez:
 
– Adotar uma alimentação saudável e acompanhamento do peso sob orientação médica;

–  Praticar atividade física;

– Não fumar, não beber;

– Realizar exames preventivos periódicos;

– Gerenciar o estresse.

Além disso, é preciso praticar o sexo seguro, sempre com preservativo e ficar atenta ao número de parceiros sexuais.

*A gravidez ectópica é uma gestação que se desenvolve fora do útero e pode causar grave lesão das estruturas do aparelho reprodutor feminino.