Pensar de forma inovadora me ajuda mesmo a mudar minha realidade?

por Dulce Magalhães    

Tudo que a gente começa, seja um casamento, uma inauguração, uma carreira, ou uma aventura, é sempre o ponto de partida de uma nova caminhada. Tem o desafio de fazer o que não se fez ainda e a oportunidade de viver algo novo, inédito em cor e sabor. Isso também tem seus riscos. Sair na frente, iniciar e talvez errar feio, ou até quem sabe, acertar bonito, mas fazer pelo simples prazer de ter feito.

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O aspecto inovador da vida é fácil de explicar, é buscar o inédito, o original, o provocativo, mas nem sempre fácil de viver. É ver o mundo com óculos novos, sem embaçar. Inovar é criar, porém com um jeito peculiar, botando marca digital naquilo que se faz. Inovação é a força que move a mudança. É coisa de motor mesmo, de adrenalina, de fazer dois mais dois virar vinte e dois. É ver por um ângulo convexo, invertido, divertido, indefinido. Todos somos capazes de inovar, mudar a aparência, mudar de plano, mudar de vida.

Para inovar é preciso pensar e isso não é um conjunto de frases soltas, as inquietações, o repassar a agenda, a preocupação com o saldo bancário, que rola por nossa mente. Pensar é observar a realidade, refletindo sobre o que ocorre, quem somos nós nesse contexto, qual nosso papel, buscando alterar nossa atitude de modo a mudar o que está ocorrendo na realidade. Pensar, portanto, é a capacidade de transformar a realidade. Se não estamos transformando nossa realidade todos os dias, é porque não estamos pensando todos os dias.

Se você decide mudar sua realidade em algum ponto, isso é o verdadeiro Pensamento. Mas, se você, num lampejo especial produzido pelo exercício articulado de neurônios, decide fazer algo inédito, criando um novo método, só seu, especialmente programado para funcionar para você, que lhe permita aprender um idioma, ou ficar em forma, ou adquirir um bom hábito, ou o que seja, você acaba de ser Inovador.

Para ter um pensamento inovador é preciso ter bagagem, conteúdo, abrir-se para ler, pesquisar, conhecer, descobrir e aprender com outras pessoas, culturas, experiências e valores. E para não se perder no emaranhado de informações é preciso definir critérios, ter senso crítico, saber fazer distinções, refletir sobre o aprendido, eleger os interesses, selecionar os assuntos, aprofundar contextos.

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A internet é um bom ponto de partida, mas tem tanta informação, que tem gente que ao invés de navegar, naufraga. Critério e seleção é essencial, para isso é preciso um certo exercício anterior, leitura, conexão com a realidade maior, abrir-se para aprender. Não dá para pensar de forma inovadora sem desenvolver-se, ampliar-se, educar-se e reciclar-se.

Tem gente que quer mudar de vida, inovar nos processos, alcançar novos resultados, mas segue sendo o mesmo de sempre, falando sobre as mesmas coisas e se relacionando com a mesma realidade, nesse cenário de estagnação não há condições para a produção de mudanças. Para mudar é preciso mudar. Reflita sobre isso.