Açúcar pode causar mesma dependência que drogas; entenda

Da Redação
 
A vontade constante de consumir doce tem uma explicação: o açúcar realmente vicia. A substância, assim como as drogas, tem a capacidade de desenvolver dependência nas pessoas. A endocrinologista Sandra Villares explica que isso acontece porque uma parte do cérebro é acionada.

A sensação extremamente prazerosa ao consumir doces é percebida não somente pelas papilas gustativas – presentes principalmente na língua e também em algumas partes do nariz -, mas também pelo cérebro.

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Segundo a médica, há áreas no hipotálamo (região encefálica que controla a temperatura corporal, fome e sede, entre outras funções), que são estimuladas quando é feita a ingestão de açúcar, provocando a vontade de consumir novamente.

Assim como as drogas, o açúcar vira vício e funciona como uma espécie de válvula de escape para situações de estresse e tristeza. Sandra diz que nesses momentos a pessoa vai procurar ingerir açúcar para se sentir melhor.

O que muita gente não sabe, é que esse prazer momentâneo pode acarretar problemas futuros sérios. O consumo em excesso do açúcar é ponto inicial para o desenvolvimento de doenças em diferentes partes do corpo.

De acordo com a endocrinologista, o excesso do produto pode ser transformado em gordura no fígado e parte deste pode deslocar-se para a circulação sanguínea. Neste caminho, a gordura é armazenada em diferentes locais não usuais, como os músculos, impedindo a entrada de açúcar e acarretando índices de glicose mais elevados.
Em resposta a essa alteração, o pâncreas libera mais insulina, com o intuito de diminuir os níveis glicêmicos. O excesso de gordura desenvolve uma resistência ao hormônio (insulina) e, com mais açúcar no sangue, as consequências podem ser sentidas em todo corpo, como coração e vasos, levando a síndrome metabólica e podendo desenvolver o diabetes.

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Quanto consumir de açúcar?

A recomendação da Organização Mundial da Saúde é o consumo de 25g de açúcar por dia. Para exemplificar, uma latinha de refrigerante possui teor mais que o recomendado. Por isso, é importante ficar atento a essa informação, sem esquecer-se também olhar a quantidade de carboidratos dos alimentos.

Uma alimentação balanceada, com três refeições completas ao dia, dando preferência aos carboidratos de grãos, é o ideal para manter o equilíbrio do organismo. O erro está nos “lanchinhos”, que geralmente são ricos em carboidratos.

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Para substituir esses “lanchinhos”, uma ótima opção são as oleaginosas, como amêndoas, nozes e pequena porção de amendoins. Ou mesmo frutas com pouco açúcar, como as ameixas.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico ou nutricionista e não se caracteriza como sendo um atendimento.