Tornei-me uma ‘Dom Juan’, incansável atrás de uma nova conquista. O que há comigo?

Por Eduardo Ferreira Santos

Depoimento de uma leitora

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“Eu sempre tive essa carne fraca para o jogo de sedução. Antes quando eu me relacionava com homens, eu gostava da sensação de ser seduzida, e quanto mais sedutor o homem era, mais satisfação eu sentia…não era amor, não era tesão… era o jogo que me prendia. Hoje em dia, saio com mulheres (mais ou menos há 8 anos). Inverti os papéis, me tornei o Dom Juan. Faço o jogo a todo momento, com 1,2,3,4 mulheres… crio vínculos, crio personagens… tenho consciência das minhas atitudes. Sinto satisfação em cada história que começa ou termina, mesmo que sempre termine comigo sendo descartada, ignorada e eliminada, definitivamente da vida das pessoas. Sofro um pouco, mas em pouco tempo, volta a satisfação de uma nova conquista, de um novo personagem. Antes eu achava que era mitomania, mas agora eu li seu artigo, fiquei superconfusa! Help!”

Resposta: O jogo da sedução pode estar presente em alguns transtornos psicológicos revelando o vazio existencial que existe no sedutor.

Pelo que você conta, parece-me que há um transtorno de personalidade em você, cujo traço marcante é essa procura incansável pela sedução e ausência de sentimentos reais sobre as pessoas e sobre você mesma.

Isso é um problema sério e precisa mesmo ser tratado.

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Não é mitomania, não! É Transtorno de Personalidade mesmo.

Procure ajuda, pode ser um psiquiatra/psicoterapeuta ou psicólogo, antes que, de fato, que você se machuque pra valer nesse jogo.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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