Alise o cabelo, mas sem agredi-lo

por Sonia Corazza

Um dos trabalhos mais pedidos nos salões de cabeleireiro atualmente é a bendita reformatação dos fios. Seja para ficar mais liso, ou para minimizar o volume, as técnicas de relaxamento e alisamento, é um tratamento químico potencialmente agressivo, que pode trazer um resultado fantástico, ou tenebroso, dependendo de como se faz.

Continua após publicidade

Começando pela formulação

É importante saber mais sobre o tipo de ingrediente ativo que vai ser colocado no seu cabelo. As substâncias alisantes permitidas  pela legislação sanitária vigente no Brasil para esse tipo de uso são:

Ácido tioglicólico, seus ésteres e seus sais

– Hidróxido de sódio ou potássio, seus sais e suas combinações

Continua após publicidade

– Hidróxido de lítio, seus sais e suas combinações e também as guanidinas

Como estas substâncias agem

O cabelo é constituído basicamente de uma proteína: a alfa-queratina. Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão entrelaçadas em uma forma espiral, sob a forma de placas que se sobrepõem, resultando em um longo e fino 'cordão' protéico.

Continua após publicidade

Estas proteínas interagem fortemente entre si, por várias maneiras resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc…Um dos aminoácidos presentes na queratina é a cisteína, responsável pelas 'ondas' que aparecem em nossos cabelos. A primeira etapa do trabalho do cabeleireiro  consiste na aplicação do ácido tioglicólico ou outro agente, em uma solução de amônia. Esta solução  é chamada de 'relaxante' e quebra as ligações presentes na cisteína, permitindo a remodelação do cabelo.

Como calcular a dose certa

Para saber a concentração e tempo necessário para que a reação aconteça satisfatoriamente é fundamental  avaliar o tipo e condição do cabelo. Para tanto a avaliação do profissional especializado em alisamento é vital.   Após um teste numa pequena mecha do cabelo, ele pode selecionar o tipo de ativo, concentração, tempo de contato no cabelo e couro cabeludo.

Riscos do formol

Algumas formulações existentes no mercado apresentam formol na sua composição. Como se trata de uma substância muito agressiva, há uma  desestruturação das cadeias de queratina para reformatação da fibra, onde os lipídeos e outros componentes protetores, entre estes a ceramida, os aminoácidos e as proteínas,   também podem ser  removidos ou inativados. Com isso o fio perde suas propriedades originais e torna-se susceptível a quebra, ressecamento, etc.

Para finalizar a minha dica é que você cuide muito bem dos fios submetidos a esse tipo de tratamento. Máscaras capilares hidratantes e uma alimentação rica em peixes e verduras frescas vai manter a saúde do corpo e do cabelo.