Ceder a pressões pode ser uma forma de sermos injustos conosco

por Flávio Gikovate 

Temos enorme dificuldade de pensar em termos de justiça.

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Justiça é algum ponto intermediário entre egoísmo e generosidade. É não acharmos correto nos apropriar do que não nos pertence, mas também significa não abrirmos mão do que é nosso; a não ser quando o outro efetivamente por algum motivo tenha mais direitos que nós.

Justiça é não acharmos legítimo fazer chantagens sentimentais e ameaças de todo tipo para atingirmos nossos objetivos, mas é também não ceder a essas pressões em hipótese alguma. É atribuir aos outros iguais direitos aos que atribuímos a nós; mas é também atribuirmos a nós iguais direitos aos que atribuímos aos outros.

Em uma frase: é apenas termos um peso e uma medida. O que vale para os outros vale para nós e o que vale para nós vale para os outros.

Isso tudo é muito simples teoricamente, mas na prática as sensações envolvidas são bem complexas.

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