Como lidar com um compulsivo sexual?

por Margareth dos Reis

"Como lidar com um compulsivo sexual? Meu cunhado nos contou sobre esse seu problema e nós nunca desconfiamos. Ficamos chocados com a notícia. Ele é uma excelente pessoa, ótimo pai, ótimo marido para minha irmã. Ele nos contou que saía na hora do almoço, inventava qualquer desculpa para sair do trabalho; e mal ele acabava de transar com uma garota qualquer, já ia procurar outra para satisfazer seu desejo que nunca acaba."

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Resposta: De tudo, seria interessante entender em que contexto o seu cunhado decidiu compartilhar o comportamento sexual dele com vocês, o que não ficou claro, (nem quem estava presente nessa hora, além de você e sua irmã), mas saibam (todos) que a compulsão sexual tem tratamento sim!

Apesar de não haver norma que determine a frequência sexual ideal para cada um (nem para cada casal), algumas pessoas vivem a busca por sexo de forma desenfreada e catastrófica para suas vidas. Ou seja, a existência gira em torno disso, da insatisfação sexual que permanece mesmo após atividade sexual e do sofrimento gerado pelo arrependimento dessa conduta.

No entanto, para encontrar a causa desse transtorno é necessário conhecer a história de vida de cada pessoa portadora dessa compulsão. Não é possível, então, explicar a causa nem aconselhar tratamento sem avaliar cada caso em questão.

Contudo, o mais recomendado é a combinação de psicoterapia e medicamento (prescrito por médico) e grupos de *autoajuda como terapia adjuvante.

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Agora, não é só seu cunhado que precisa de acompanhamento profissional, sua irmã também precisa! A partir daqui, ambos devem receber orientação especializada; seja para manter cada um em psicoterapia individual, seja para incluir sessões de casal, seja para participação em grupos de autoajuda.

Para finalizar, quem está à volta sabendo o que está acontecendo com esse casal, vale mostrar apoio, mas não envolvimento nem participação, pois o processo que ambos vão enfrentar daqui para frente, tem que ser vivido pelo casal, e orientado por ajuda especializada.

* Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (DASA), é um exemplo de grupo de autoajuda não conduzido por profissionais.

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