Doenças cardiovasculares são mais comuns em quem tem coxas finas; indica estudo

Da Redação

É bem reconhecido que algumas medidas do corpo humano estão associadas ao aumento de doenças cardiovasculares, como é o caso de altos índices de massa corporal, da circunferência da cintura e da relação da circunferência cintura/quadril. Mas não são só altos índices que estão associados a maiores riscos à saúde.

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Baixos índices de massa corporal e do nível de massa muscular livre de gordura estão associados a mortalidade mais precoce. A novidade agora é que baixos graus de circunferência das coxas também têm relação com a saúde, de acordo com pesquisa recém-publicada pelo British Medical Journal.

O estudo

O estudo acompanhou cerca de três mil homens e mulheres dinamarqueses com 35 a 65 anos de idade e revelou que aqueles com circunferência das coxas menor que 60 cm tinham maior risco de morte e de doenças cardiovasculares do que aqueles com circunferências maiores que 60cm. Entretanto, circunferências maiores que 60 cm não trouxeram benefícios adicionais.

Os resultados demonstraram ainda que o risco associado aos baixos níveis de circunferência das coxas foi maior que o de uma alta circunferência abdominal. A baixa circunferência da coxa é um sinal de baixo conteúdo de musculatura nessa região e também reflete baixo grau de musculatura de forma sistêmica. Estudos têm mostrado que a baixa musculatura corporal, especialmente em membros inferiores, está associada a maior risco de diabetes. Além disso, baixos teores de gordura subcutânea também têm sido vinculados a alterações no metabolismo da glicose e de gordura.

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A presente pesquisa nos indica que é bem razoável o estímulo à atividade física com especial atenção à musculatura de membros inferiores. É importante frisar que 50% dos dinamarqueses estudados tinham circunferência de coxas menores que os 60 cm, sugerindo que o estímulo à atividade física é fundamental em qualquer canto do mundo. É bom lembrar que em muitas populações do mundo o problema das coxas finas é falta de comida mesmo.

Fonte: Dr. Ricardo Teixeira é Doutor em Neurologia pela Unicamp.