Dermatolgista alerta para o perigo de contaminação durante depilação

Muito tem se falado sobre o perigo de contrair o vírus da hepatite na manicure e da importância de cada pessoa ter o seu kit (alicates, lixas, espátulas). Porém, outras doenças também podem ser transmitidas em salões de beleza.

"Problemas cutâneos (na pele) sempre foram comuns e estão cada vez maiores. Micose e alergias são as doenças que mais incomodam", alerta o dermatologista Cesar Cuono.

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A micose, por exemplo, não é transmitida só em piscinas e saunas. O uso coletivo de utensílios da manicure é a forma mais rápida da doença passar de uma pessoa para outra.

No Brasil, há 250 mil salões de beleza e a maioria não utiliza cera individual para depilação. "O comum é colocar o produto em uma panela para aquecê-lo e utilizá-lo em várias clientes durante o dia", comenta o dermatologista.

Segundo o médico, esse processo é extremamente perigoso, pois uma pessoa pode até contrair o vírus do HPV quando faz a depilação da região íntima, se a próxima cliente usar a mesma cera para o procedimento.

"O produto só poderia ser reutilizado se o aquecimento acontecesse em uma temperatura superior a 100 graus para que as bactérias fossem exterminadas. E a realidade dos institutos de beleza não é essa", diz.

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Além disso, a espátula ou "pauzinho" que as depiladoras usam para retirar a cera da panela e colocá-la na pele da pessoa é um meio para o contágio de doenças.

"Como o kit manicure, é essencial que as mulheres, principalmente, passem a ter o seu para depilação. Além de não ser caro, é uma forma de evitar problemas com a saúde", aconselha o médico-dermatologista, Cesar Cuono.

* Dr. Cesar Cuono é dermatologista formado pela USP – Universidade de São Paulo – com 28 anos de experiência na área.

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