Lombalgia é conjunto de sintomas, não uma doença

Da Redação

A dor lombar representa o problema de saúde mais relatado aos médicos entre as pessoas de 20 a 50 anos de idade. Durante a vida, cerca de 80% das pessoas terão dores nas costas.

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As causas são diversas, mas o estilo de vida moderno, na maioria das vezes sedentário e impulsionado pelos computadores, contribui muito para que essas dores não sejam evitadas.

De acordo com o Dr. João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião especializado em doenças da coluna e autor do livro “Conceitos Avançados em Doença Degenerativa Discal Lombar”, 80% das dores nas costas não têm uma causa específica. “Isto significa que a grande maioria das dores da coluna está relacionada ao que chamamos de discopatia degenerativa, ou seja, envelhecimento natural dos amortecedores intervertebrais ou os discos intervertebrais”, adverte o médico. O especialista ressalta que apenas 20% das dores podem ter causas específicas como estenose do canal lombar, espondilolistese, tumor, infecção, fratura de coluna, entre outras.

O termo lombalgia está relacionado a uma variedade de sintomas clínicos com diferentes evoluções no transcorrer do tempo. Evidentemente, as dores nas costas sem causas específicas podem ocorrer por conta de uma série de outras causas como lesão interna do disco, de origem dural, por artrite facetária, por estiramento ligamentar, por contratura muscular, etc.

A grande maioria das dores lombares é tratada, inicialmente, por repouso na fase aguda, anti-inflamatórios e técnicas de fisioterapia. A presença de artrose ou discopatia no laudo de uma ressonância magnética não significa má qualidade de vida ou necessidade de cirurgia de coluna.

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“Dores que persistem por mais de três meses ou que estão associadas à perda de força nas pernas ou nos pés, ou mesmo, as dores do nervo ciático devem passar por uma avaliação médica criteriosa e especializada”, recomenda.