por Silvia Maria de Carvalho

"Em alguns momentos me sinto incomodada com as pessoas ou comigo mesma; ai acabo caindo em desequilíbrio emocional. Odeio isso em mim. Mas gosto de gente e quero está com elas, mas enfim, me retraio em alguns momentos, mesmo não querendo, parece ser medo e insegurança, mesmo em coisas banais. Vejo que isto é besteira, mas por que isto permanece? Não quero ser tão emotiva, quero ser mais forte. Quero conseguir transmitir tudo que quero para as pessoas, mas às vezes não consigo. Existe um gigante imaginário na minha cabeça que me trava."

Resposta: Penso num exercício importante: separe um tempo do seu dia para tentar se conhecer um pouco mais. Escreva sobre esse gigante imaginário que, conforme sua palavras, vive na sua cabeça.
Quanto mais livre você estiver para isso, melhor o resultado. Sem julgamentos, descreva esse gigante, fale com ele, pergunte coisas. Ouça. Anote as respostas. Negocie. Questione. Invente possibilidades.

Como vocês podem viver juntos? Como ele pode te ajudar a lidar com as pessoas? Perceba se diminui de tamanho, a ponto do grande obstáculo que esse monstro impõe se transforme em pequenos montes possíveis de ultrapassar.

Muitos de nossos medos e inseguranças são maiores dentro de nossa cabeça, que quando ousamos enfrentá-los.

Uma boa análise de você mesma sobre sua vida, poderá te ajudar a ver o que te pertence e o que cabe ao outro, com o qual você convive. Facilmente misturamos sentimentos e quantas vezes aquela pessoa que, supostamente nos magoou, estava apenas presa em seus próprios problemas. Ficamos de olho no nosso umbigo, por carência ou falta de conhecimento, por exemplo, e consequentemente sofremos por algo que nem nos pertencia.

Cabe esse treino.