Ansiosos precisam reduzir estresse diário

por Alex Botsaris

Ansiedade é considerado o transtorno mental mais frequente pela medicina. As estatísticas do Instituto Nacional de Saúde Mental nos Estados Unidos (NIMH) estima que nesse país mais de 40 milhões de pacientes, ou seja, a quinta parte de população adulta sofra de algum distúrbio de ansiedade. Não existem dados precisos sobre a prevalência de ansiedade na população brasileira, mas tudo leva a crer que possa ter semelhança com a dos Estados Unidos – que significa que também temos algumas dezenas de milhões de pessoas com esse problema.

Continua após publicidade

O diagnóstico de ansiedade é difícil de fazer, justamente porque é preciso diferenciá-la de episódios pontuais do problema, que são considerados normais. Por isso é necessário consultar um médico. Estima-se que no Brasil um terço dos portadores de ansiedade não tenham o seu diagnóstico feito, por não buscar auxilio médico ou por um acompanhamento insuficiente.

Com isso essas pessoas seguem com o problema que costuma afetar a vida pessoal e profissional, sem solução.

As pessoas com ansiedade em geral possuem alguns dos sintomas a seguir: nervosismo, sensação de perigo iminente, irritabilidade, falta de concentração, apreensão, desconforto no peito, palpitações, respiração rápida, falta de ar subjetiva, calafrios, tremores, tonteiras, dificuldade para ficar parado.

Os transtornos de ansiedade podem envolver comportamento compulsivo, fóbico, insônia, pânico e distúrbios alimentares. As formas mais comuns de ansiedade são os medos e fobias, e o transtorno da ansiedade generalizada. Os estudos têm mostrado que a ansiedade é um problema multifatorial, relacionado com os seguintes fatores: predisposição genética, traumas emocionais, traços de personalidade, bioquímica cerebral e fatores ambientais.

Continua após publicidade

Chás como passiflora, melissa e camomila podem ajudar; Florais de Bach idem; ingestão moderada de banana e chocolate são fontes de tripofano um aminoácido precursor da serotonina Na minha visão há mais um fator que é determinante relacionado ao estresse cerebral continuado. Cheguei a essa conclusão ao escrever o livro Complexo de Atlas, onde comparo a incidência de ansiedade em várias décadas, desde os anos 50, e observo que houve um aumento contínuo, até nossos dias.

Relaciono isso ao uso cada vez maior de aparelhos eletrônicos (uso excessivo de computador e telefone celular) e ao fenômeno da globalização, onde todos problemas do mundo afetam as pessoas de forma quase instantânea. O estresse cerebral continuado causa redução da serotonina no cérebro, fator que desencadeia a ansiedade.

Por isso recomendo uma fonte de triptofano (um aminoácido precursor da serotonina) aos meus pacientes, como banana e chocolate, de forma moderada para não ganhar peso. Outra possibilidade é ingerir o triptofano em cápsulas, junto com vitamina B6 e magnésio – consulte um médico. Alguns chás como passiflora, melissa e camomila podem ajudar.

Continua após publicidade

Exercício físico diário é fundamental para aliviar o estresse. Exercício é uma das armas mais poderosas para vencer o estresse, mostram os estudo científicos. Exercício libera serotonina e endorfinas no cérebro, que vão reduzir o estresse e a ansiedade, além de uma série de outros benefícios como reforçar os ossos, aumentar a massa muscular e melhorar o sistema imunológico.

Pessoas com tendência à ansiedade precisam reduzir o seu estresse diário. Para as que ficam estressadas com mais facilidade recomendo sessões de massagem e acupuntura regulares, e exercícios de yoga e meditação. Muitos pacientes com ansiedade se beneficiam também de tratamentos através da homeopatia e florais de Bach.