Esquecemos de nós e não sabemos o que queremos

por Patricia Gebrim

Andamos esquecidos de nós mesmos, tão envolvidos em cumprir as exigências do dia a dia que esquecemos de prestar atenção ao que sentimos.

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É tão grande o grau de afastamento que criamos em relação a nós mesmos que muitas vezes já nem sabemos mais o que queremos, e o ato de escolher se torna um verdadeiro martírio. Não sabemos se estamos ou não felizes, se estamos ou não fazendo escolhas que façam nossos olhos brilharem, como deveria ser.

Nesses casos, sugiro que você pergunte a si mesmo se anda sentindo alegria. A alegria é um dos mais belos sinais de que estamos vivos e em sintonia com a nossa alma. A presença da alegria nos diz que estamos no caminho certo. Sempre.

Alegria é diferente de prazer, vale lembrar.

O prazer é uma satisfação momentânea do ego. Depende de coisas externas. A alegria é um movimento espontâneo da alma e brota de dentro de nós.

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Não há alegria sem liberdade, a liberdade de ser o que se é, mesmo que não agrade aos outros, mesmo que seja algo diferente do que sempre imaginamos. A alegria mora bem no centro do momento presente.

Ninguém tem o poder de nos roubar a liberdade

Quando nos sabemos livres e nos entregamos sem restrições ao sabor do vento, nosso coração sorri dentro do peito a cada nova rajada. É maravilhosa essa sensação. Sinta. Agora mesmo. Tudo está absolutamente vivo, o que é difícil de explicar a quem nunca saiu de dentro das gaiolas. Se engana quem pensa que são os outros que nos roubam as asas. Ninguém tem o poder de nos roubar a liberdade. Somos nós que fazemos isso, ao esquecer de nossa verdadeira natureza, alada, sutil, sábia, iluminada.

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Entenda … Só podemos ser livres enquanto almas. O ego está condenado a viver eternamente aprisionado.

Não fique refém da vida

É preciso que nos elevemos, para voar. Roubamos de nós mesmos nossas asas quando criamos expectativas. Quando queremos aprisionar a vida, as pessoas, as situações… Acabamos nós mesmos enredados nos laços que lançamos. Ouça. Nesta vida nada é definitivo, nada nos pertence, nada é controlável, tudo se transforma o tempo todo em beleza e crescimento. Quanto mais tentamos possuir a vida, menos vida temos para desfrutar. Então solte, brinque, rodopie nas rajadas de vento, abrace o momento, pois não existe nada mais que seja real.