Sem orgasmo: o que falta em mim e nele para chegarmos lá?

por Arlete Gavranic

As perguntas que mais recebo aqui no Vya Estelar sobre dificuldade em relação à obtenção do orgasmo feminino são:

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– Tem como resolver?
– Por que acontece a dificuldade?
– Tem remédio?
– Por que nunca gozei?
– Por que só tenho prazer na masturbação e nunca com o parceiro?

É muito grande o número de mulheres que busca nos consultórios médicos e de psicólogos especialistas em terapia sexual ajuda para resolver essa grande angústia: a de não conseguir ter prazer na relação sexual.

Apesar de estarmos no século XXI e de hoje haver mais liberdade e informação sobre sexualidade, é ainda muito grande o número de pessoas – em especial mulheres – que não conhecem seus corpos; têm receio de se tocar por achar feio, imoral ou errado. Por isso, elas têm dificuldade em quebrar tabus e junto disso vem uma autoestima rebaixada.

Algumas fingem prazer para agradar o parceiro, o que só as afasta mais e mais da possibilidade de construir esse prazer sexual.

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Outras conseguem obter orgasmo através da masturbação solitariamente. Ou passam a ter dificuldade de orgasmo após um determinado acontecimento: morte de alguém querido, traição, perda de emprego entre outros.

Obtenção do orgasmo e masturbação

No entanto, ter orgasmo ou conseguir tê-lo através da automanipulação já é um grande passo, mas investir na descoberta de novas sensações, na estimulação de suas zonas erógenas e nas fantasias que a levam a excitação é um próximo passo muito importante.

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As mulheres que conseguem ter prazer na automanipulação não se encaixam na porcentagem de 26% de mulheres com disfunção sexual de anorgasmia (falta de orgasmo); elas precisam entender que obter orgasmo através da masturbação já indica que ela não é anorgásmica.

Falta de orgasmo: o que avaliar nele?

– Esse parceiro é carinhoso?

– Ele é sedutor, me envolve num jogo de conquista?

– Ele se preocupa e investe em carícias preliminares e beijos?

Falta de orgasmo: o que avaliar em mim?

– Eu me cobro demais?

– Eu preocupo demais com o parceiro(a), com o que ele (a) está achando da minha performance, do meu corpo, etc.?

– Eu tenho pensamentos e lembranças de mágoas que estragam meu passeio na excitabilidade?

O que tenho a “ensinar” para o meu parceiro?

Essa mulher precisa aprender a viver a excitabilidade e o caminho desse prazer em conjunto com o parceiro.

Por isso toda relação sexual exige primeiro um investimento individual na satisfação das suas necessidades eróticas. A prática da masturbação sozinha é uma excelente forma de adquirir esse autoconhecimento corporal. Isso vai te possibilitar perceber os toques para poder mostrar ao parceiro(a), onde gosta de ser tocada, com que pressão, quais as fantasias que te aquecem e a estimulam para o prazer.

Mas para quem não consegue esse prazer nem na manipulação genital individual, cabe aí uma terapia sexual, não há remedinho mágico, mas há a necessidade de rever uma série de conceitos, mitos e tabus relacionados a sexualidade que foram incorporados durante a vida. Existe uma sequência de técnicas (exercícios) a serem feitos com orientação, para ajudar essa mulher a aprender a curtir seu corpo e descobrir seu orgasmo.