Numerologia explica fenômeno da beatlemania

por Johann Heyss

Para a numerologia, o nome de um grupo, banda ou empresa é como o nome de um produto, o rótulo de uma mercadoria. O produto é resultado de um trabalho executado por indivíduos; e um grupo ou banda é resultado da soma e da relação entre as personalidades que o compõem. Em termos numerológicos, o mapa do indivíduo é o ponto focal, não o nome da "coisa" ou evento.

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Sendo assim, a análise numerológica do nome de uma banda, empresa, etc… tem um papel mais subjetivo e de menor alcance que a análise de seus membros. Mesmo assim, é interessante observar os símbolos contidos em nomes de bandas famosas, como no caso dos Beatles, uma das bandas mais lendárias -senão a mais – de todos os tempos.

O nome real da banda é THE BEATLES. Para analisar os números, basta somar os valores numéricos diretamente, sem necessidade de separação entre vogais e consoantes. A razão disto é que, já que a soma das vogais corresponde ao Interior – que representa a personalidade íntima da pessoa – e a soma das consoantes, ao Exterior – que vem a ser a personalidade pública do indivíduo. E considerando-se que não se está analisando uma pessoa com nuances de caráter, e sim um grupo de pessoas, ou seja, uma egrégora, não haveria sentido em proceder como no mapa natal de um indivíduo.

T H E B E A T L E S
2 8 5 2 5 1 2 3 5 1 = 34 = 3 + 4 = 7

Portanto, 34 (3+4)/ 7 é o número que representa a "entidade" The Beatles. Notem que originalmente eles se chamavam "The Beetles", que seria "Os Besouros", mas mudaram para The Beatles para fazer um trocadilho entre o inseto e o termo "beat", que tinha a ver com a moda da época e quer dizer algo como "batida", "ritmo". O nome original traria 38 (3+8)/ 11 como número-arquétipo.

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O número 7 é revestido de mistério, distanciamento, longevidade, sabedoria, superação, mentalização, misticismo e inteligência, o que remete à aura mítica que a banda sempre teve. Independente do gosto musical de cada um, é inegável que os Beatles tomaram a posição de verdadeiros mitos modernos, não só pela paixão quase unânime que despertaram e despertam ainda, mas também pela "química" da composição da banda. Eram quatro sujeitos que, como os quatro elementos, cumpriam papéis distintos, mas complementares na banda, preenchendo todos os requisitos. Veja a analogia entre eles e os quatro elementos:

Os Beatles e os quatro elementos

Fogo – John Lennon trazia o componente intelectual/criativo, rebelde, sexual, político e mordaz, como se fosse o elemento fogo.

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Água – Paul McCartney trazia o elemento água, ou seja, a doçura, o romantismo, a nostalgia, a fluidez, o colo e a ingenuidade.

Ar – George Harrison contribuía com o elemento espiritual, mental, arejando a relação entre os dois vocalistas e compositores principais, papel do elemento ar.

Terra – Ringo Starr, por sua vez, era a base de sustentação da banda com seu bom humor e jeito conciliador, além de tocar a bateria, que vem a ser literalmente o chão de uma banda -ou seja, Ringo era o elemento terra.

Esta qualidade de preenchimento total da banda facilita a manifestação de esferas superiores da mente e da inspiração, já que todas as estruturas estão encaixadas. Estas esferas superiores são exatamente o que representa o número 7, em toda a sua abstração e distanciamento abrangente. Ademais, a origem 34 evidencia através de 3 a natureza artística e comunicativa deste número 7 final; enquanto 4 indica a qualidade estável e materialmente viável da inspiração de 7. O número 7 é aquele que já resolveu questões essenciais, que preencheu suas lacunas a ponto de poder passar para um patamar além daquele considerado médio, ou seja, é o princípio da superação.

Se a banda não tivesse trocado uma letra "e" do nome original pelo "a" no nome com o qual conquistou o sucesso, o resultado 38/11 representaria uma qualidade muito mais "outsider", mais alternativa e, portanto, relacionada a um outro tipo de fama, mais controversa e menos unânime que o tipo de celebridade que se encaixa nos padrões do que o número 7 simboliza.

Um dos aspecto negativos de 7 seria um certo fanatismo, o apego exagerado às próprias descobertas ou assunções, o que talvez possa explicar o absolutismo de muitos fãs, que faziam de tudo pelos Beatles como se fossem verdadeiros deuses manifestos – para alguns de fato eram. Inclusive para os extremistas religiosos, que os relacionaram aos "quatro cavaleiros do apocalipse".

Como um todo, a griffe The Beatles vendeu e vende a idéia de uma musicalidade quase religiosa em sua capacidade de enlevar os mais variados públicos de todas as épocas, uma musicalidade mais de mitos do que de "meros" músicos.