O surpreendente fenômeno da respiração

por Gilberto Coutinho

Esta é a primeira parte de uma série de três artigos sobre a respiração.

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Para a Biologia e a Medicina, a respiração (do lat. respiratio, respirationis), um dos processos fisiológicos mais importantes dos seres vivos, consiste num conjunto de fenômenos bioquímicos que permite a absorção do oxigênio (O2) e a eliminação do gás carbônico (anidrido carbônico, CO2), ou seja, tem por objetivo fornecer oxigênio aos tecidos e remover o dióxido de carbono.

Nos vegetais, a respiração ocorre no interior de todas as células, ao nível do citoplasma e das mitocôndrias (organelas responsáveis pela respiração celular), processo que possibilita a oxidação de compostos orgânicos e a liberação de energia necessária para a realização de todos os processos metabólicos relacionados à vida.

Durante a respiração de um vegetal, há absorção do oxigênio atmosférico e a liberação de gás carbônico, água (H2O) e energia. A fotossíntese, que se diferencia da respiração, processa-se nas plantas verdes (clorofiladas), na presença da luz, no interior das células vegetais (nos cloroplastos, organelas que contêm clorofila, sendo mais abundantes nas folhas), para produzir moléculas ou compostos orgânicos energéticos (glucídios/amidos, lipídios e moléculas azotadas), a partir de moléculas simples (CO2, H2O e sais minerais); fenômeno caracterizado pela absorção de carbono e liberação de oxigênio. Contudo, a respiração de uma célula vegetal e a fotossíntese são reações “metabólicas” inversas e complementares. A matéria-prima (CO2 e H2O) empregada para a realização da fotossíntese consiste nos produtos da reação da respiração. O contrário também é verdadeiro, a fotossíntese armazena energia na forma de compostos de carbono, e a respiração, por sua vez, extrai – via oxidação – energia desses compostos.

Talvez, a fonte de oxigênio da atmosfera terrestre seja proveniente de épocas pré-cambrianas – há 600 milhões de anos; e, mediante estudos filogenéticos e morfológicos, os biologistas acreditam que as plantas (reino Plantae) tenham surgido a partir de um grupo ancestral de algas verdes. Numa reflexão, pode-se entender quão maravilhosas, úteis e vitais são as plantas, o quanto elas foram importantes para o surgimento da vida no planeta, e, ainda, como são indispensáveis para que a contínua evolução de todas as demais espécies possa ocorrer e também possam continuar a existir.

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Estudos realizados, na “Universidade Yale” – EUA, comprovam alterações recentes nos genes e nas características físicas do ser humano, evidenciando que a espécie não para de mudar. A vida como é conhecida hoje no planeta Terra não poderá continuar a existir sem o equilíbrio dos ecossistemas, das plantas e florestas. Apesar de todo estudo já realizado pelo Homo sapiens e do avanço tecnológico, toda importância do reino Plantae e da preservação dos ecossistemas continua ainda sendo ignorado, menosprezado, e as florestas, tão destruídas, continuamente dizimadas, assim como muitas outras espécies vivas, correm o risco de muito brevemente serem completamente extintas.

Como a vida, os seres, a humanidade poderão continuar existindo no planeta sem a preservação e o equilíbrio dos demais ecossistemas?

Pense nisso…

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