O que leva uma mulher a se apaixonar por um serial killer?

por Tatiana Ades

O motoboy Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, foi condenado a 274 anos de prisão, acusado de 10 mortes e 11 ataques sexuais no final da década de 1990.

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Ele é um dos detentos que mais recebe cartas de amor na prisão, no primeiro mês detido foram mais de mil. Casou-se com uma dessas admiradoras – Marisa Mendes Levy – pós-graduada em história.

Assim como ele, o serial killer Teddy Bundy, que confessou ter matado aproximadamente 50 mulheres na Flórida, recebia centenas de cartas de amor e propostas de casamento.

Outro serial killer que foi bastante assediado, foi o psicopata Charles Manson, conhecido por ter mandado matar inúmeras pessoas, entre elas a atriz e esposa de Roman Polansky (Sharon Tate), brutalmente esfaqueada no oitavo mês de gestação em 1969.

Além dessas “celebridades”, inúmeros detentos perigosos recebem propostas e cartas amorosas com pedidos de casamento e juras de amor eterno. São mulheres de todas as classes sociais e, por incrível que pareça, muitas são intelectuais e bem-sucedidas.

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O que faz uma mulher sentir-se obcecada por um serial killer?

Geralmente são mulheres que tiveram uma família desestruturada e buscam o pior individuo para seguirem inconsciente esses padrões familiares e aqui falamos de casos extremos, pois essas buscam homens que matam mulheres. O mais curioso é que elas justificam os atos desses criminosos: dizem que a prisão pode ter sido uma grande injustiça ou que são vítimas de uma sociedade que não reconhece o passado cruel de sofrimento desses seriais.

Essa “cegueira emocional” nos mostra um perfil feminino com uma autoestima extremamente baixa e um desejo irreal de modificar um criminoso, desejo esse que se torna um estimulo pra que ela se sinta poderosa e dominadora. É como se ela tentasse tapar todas as dores e humilhações de sua vida fazendo contato com um individuo que é para ela a salvação para sua vida vazia e amarga.

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Algumas mulheres conhecem criminosos na própria prisão quando vão fazer visitas a parentes e se apaixonam de cara dizendo ser fácil esperar 10 anos até que o amor de sua vida seja liberado.

Veja quanta contradição e cegueira, imaginem o que é amar a loucura, a monstruosidade, aquele que nunca irá te querer bem, e mesmo assim, esse se torna alvo de obsessão e desejo.

Ainda não se sabe precisamente o que motiva esse comportamento, mas podemos deduzir que tais mulheres sofrem de uma carência acima do inesperado, possuem uma visão irreal do que é correto ou não e uma incapacidade de percepção do perigo. Esse querer o “caos “ , desejar o “imundo” e o “antissocial” mostra uma perturbação seríssima que merece ser bem estudada pela psiquiatria e psicologia e psicanálise.