Novas tecnologias: ferramentas pedagógicas para desafiar o cérebro

por Marta Relvas

O professor seja na sala de aula presencial ou no ambiente virtual de aprendizagem, deve incentivar a autonomia dos alunos, pois, somente o estudante é o verdadeiro autor do seu processo de construção do conhecimento. Entretanto, o papel do professor é ser o mediador das informações, usando a interatividade de recursos e metodologias como ferramentas pedagógicas para a desafiar o cérebro do sujeito aprendente. Torna-se, portanto, vital para uma ação docente conectar-se às novas demandas atuais da Educação através das tecnologias.

Continua após publicidade

"… nativos digitais e imigrantes digitais são termos que explicam as diferenças culturais entre os que cresceram na era digital e os que não".
Marc Prensky – professor, palestrante na área de aprendizagem e educação

Aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa ou por outra pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estímulo, motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investir num determinado programa, curso. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender. José Moran (professor de Novas Tecnologias na USP)

… a formação de professores é algo que se estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, que continua nos primeiros anos de exercício profissional. Os primeiros anos do professor – que, a meu ver, são absolutamente decisivos para o futuro de cada um dos professores e para a sua integração harmoniosa na profissão – continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada.

Segundo o professor Marcos Masetto (mestre em Educação),

Continua após publicidade

São características da mediação pedagógica:

– Dialogar permanentemente de acordo com o que acontece no momento;
– Trocar experiências;
– Debater dúvidas questões ou problemas;
– Apresentar perguntas orientadoras;
– Orientar nas carências e dificuldades técnicas ou de conhecimento quando o aprendiz não consegue encaminhá-la sozinho;
– Desencadear e incentivar reflexões;
– Garantir a dinâmica do processo de aprendizagem;
– Propor situações-problema e desafios;
– Criar intercâmbio entre a aprendizagem e a sociedade real onde nos encontramos, nos mais diferentes aspectos;
– Colaborar para estabelecer conexões entre o conhecimento adquirido e novos conceitos;
– Fazer a ponte com outras situações análogas;
– Colocar o estudante frente a frente com questões éticas, sociais, profissionais por vezes conflitivas;
– Colaborar para desenvolver crítica com relação a quantidade e a validade das informações obtidas;
– Cooperar para que o aprendiz use e comande as novas tecnologias para suas aprendizagens e não seja comandado por elas ou por quem as tenha programado;
– Colaborar para que se aprenda a comunicar conhecimentos seja por meios convencionais, seja por meio de novas tecnologias.