Você realmente conhece seu parceiro? Descubra

por Rosemeire Zago

Autoconhecimento fortalece relacionamento amoroso Ainda hoje o que mais afeta o ser humano é a questão da afetividade. Será que a busca do amor é o principal anseio das pessoas? Você já percebeu que quando não estamos bem emocionalmente, principalmente no que se refere ao relacionamento afetivo, praticamente todas as outras áreas de nossa vida ficam contaminadas?

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Como você foi dormir, trabalhar ou como foi seu dia depois de ter tido aquela briga com quem você ama? Parece que temos que fazer uma força extra para realizarmos o que temos que fazer, é como se ficássemos sem energia, não é mesmo?

Quem está só quer um relacionamento; quem está com alguém, na maioria das vezes não está satisfeito. É, parece que o ser humano está sempre em busca daquilo ou de quem não tem. Mas o que afeta as nossas relações e dificulta a convivência diária? Por que não conseguimos valorizar o que temos? Muitas podem ser as respostas. Uma delas é pensar sobre nossas necessidades emocionais que foram se somando no decorrer da vida. Algumas pessoas vivem como se não sentissem falta de nada, mas dificilmente alguém, em seu íntimo, não tem necessidades que não foram, e continuam a não ser, supridas.

Quando um dos parceiros se mostra interessado nos sentimentos do outro é bem provável que terão menos conflitos, pois terão conversas que precisam ter, expressando e verbalizando o que sentem. Se quiser estabelecer um vínculo emocional mais profundo com alguém, volte-se na direção dessa pessoa o mais frequentemente que puder. Se você conseguir se voltar na direção da pessoa mais importante na sua vida, mesmo quando você estiver zangado, triste, magoado, ou com qualquer outro problema, o relacionamento entre vocês se tornará mais sólido.

Você realmente conhece seu parceiro?

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Para que você perceba o quanto conhece a pessoa que ama, segue abaixo algumas perguntas para você responder como a outra pessoa responderia. Depois peça que a outra pessoa faça o mesmo. Não pense como um desafio para ver quem conhece mais quem, mas sim como uma maneira de melhorar a comunicação entre vocês e fortalecer o relacionamento:

– Comida favorita

– O que gosta de fazer durante o tempo livre

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– Amigos mais presentes

– Programa de televisão favorito

– Estilo de música

– Leitura predileta

– Animal preferido

– Local ideal para as férias

– Parente que menos gosta

– Parente que mais gosta

– Problema mais difícil que já enfrentou

– Pior acontecimento na vida

– Acontecimento mais feliz na vida:

– Duas piores situações que poderiam acontecer

– O que a deixa mais estressada, irritada?

– Viagem que gostaria de fazer

– Sonho mais importante não realizado

– Atitudes que mais a magoam

– O que mais afasta vocês

– O que mais aproxima vocês

– Algo que essa pessoa gostaria de mudar em você

– Algo que você poderia fazer para melhorar o relacionamento de vocês

– Quais são as necessidades emocionais dessa pessoa

Depois que cada um responder as perguntas acima, aproveite a oportunidade e conversem sobre as respostas.

É preciso compreender que não podemos deixar acumular aquelas pequenas atitudes do outro que não gostamos e depois de algum tempo desabarmos toda uma soma que fomos fazendo em nossa mente, deixando o outro completamente atordoado com tanta informação sobre suas insatisfações e que o outro sequer imaginava. Sim, podemos pensar o quanto o outro foi insensível em não perceber o quanto te magoou, mas nem sempre as pessoas têm a percepção dos sentimentos que podem provocar no outro, pois isso depende do histórico de vida de cada um.

Diálogo ainda é o caminho mais indicado para todas as dificuldades, mas em geral as pessoas resistem e temem conversar sobre a relação. É preciso entender que conversar quer dizer cada um expressar e verbalizar o que sente, com o intuito de ser compreendido. Mas se as pessoas não conseguem conversar consigo mesmas, como podem conseguir um diálogo com o outro?

Portanto, o primeiro passo ainda é manter o diálogo interno, elevando assim o autoconhecimento, pois só a medida que eu conheço o que quero e não quero é que posso transmitir ao outro meus desejos e necessidades. Só posso compreender o outro na proporção que conheço e compreendo a mim mesmo. Isso é básico, mas a maioria se esquece disso.

Quais são suas necessidades emocionais, você sabe? Sim, é preciso identificar cada uma delas, o que nem sempre é fácil, pois requer um trabalho diário e as pessoas não estão dispostas a investir energia mais do que o dia a dia já as consome. Não podemos oferecer garantia a ninguém do amanhã, mas podemos sim cuidar para que a relação que existe com o outro seja tão honesta como a que temos com nós mesmos. Difícil? Um pouco, pois a maioria das pessoas não consegue ser honesta nem consigo mesma, imagine com o outro.

Mas se deseja que seu relacionamento seja baseado na amizade, cumplicidade, respeito, admiração, troca, carinho, cuidado, como conseqüência do amor que existe entre vocês, é preciso dedicação e comprometimento de ambos para que o diálogo seja mantido, evitando assim que as mágoas se sobreponham aos momentos felizes.