Seja autêntico. Seja sincero com você mesmo

por Emilce Shrividya Starling

Seja verdadeiro consigo mesmo. Não é preciso que você corrija ninguém no mundo. Não tente mudar os outros, nem lhes dar lições. Não seja autoritário e nem reformador. Se você mudar a si mesmo, será o bastante como mensagem para ser seguida.

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Ser autêntico é ser sincero consigo mesmo.

Como conseguir isso?

Você precisa se autoconhecer, ouvir sua voz interior. Descobrir seus talentos e habilidades. Descubra o que gostaria de ser, qual profissão gostaria de exercer. Descubra seu guia interior que vai lhe ajudar a seguir com segurança na sua caminhada na Terra.

Por exemplo, não pode decidir ser engenheiro ou médico apenas por que alguém disse o que você dever ser. Você precisa descobrir quais são suas vocações e aptidões.

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Você pode seguir várias orientações dos seus pais, dos professores, pois geralmente eles têm boas experiências e sabedoria. E, muitas vezes, você pode renunciar a muitas coisas, mas não renuncie ao que for essencial para você.

Quando fizer o que gosta, ouvir sua voz interior, terá sucesso e realização profissional. Você se sentirá valorizado, útil e necessário para o mundo.

Acredite no amor. Não se torne frustrado tendo relacionamentos ou se casando com quem não quer. Escolha quem vai compartilhar de sua vida, ouvindo a voz do coração e da razão.

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Como ouvir sua voz interior?

É preciso purificar a mente. Sem acalmar a turbulência da mente, a inquietação e ansiedade, você ouve apenas a mente negativa e não tem contato com seu Ser interior, fonte de toda sabedoria, amor e criatividade.

A meditação existe para ouvir a voz interior. Assim, se você deseja ser mais realizado e feliz,crie o hábito regular de meditar. (clique aqui para aprender a meditar).

Outro ensinamento importante é não usar máscaras do ego para fingir o que você está sentindo. Se estiver triste, não precisa ficar sorrindo, fingindo que está alegre. Se estiver alegre, não precisa se sentir culpado porque os outros estão tristes. Seja verdadeiro com você mesmo e com os outros.

Tudo passa. Às vezes, você está sofrendo alguma dor física ou emocional, mas depois você melhora. Não alimente a tristeza criando estados depressivos, mas permita ser sincero consigo mesmo.

Se fingir o que está sentindo, você vai se dividir em dois – uma parte menor de você está sorrindo, e a parte principal continuará triste. E, depois, até sozinho, você continua fingindo porque isso vai se tornando um hábito automático e arraigado.

Aprenda a dizer sim quando quer dizer sim e, diga não quando quer dizer não. Se sempre fizer o que não quer apenas para agradar os outros ou viver o papel de “o bonzinho”, você vai sentindo raiva e reprimindo-a. E, depois, acaba explodindo e magoando as pessoas, mesmo sem querer, porque engoliu sapo e reprimiu emoções negativas. Isso cria disfunções e bloqueios no mecanismo do seu corpo.

Não reprima a raiva. Libere isso. Se sentir vontade de chorar, chore. É um mecanismo natural para liberar os bloqueios do corpo. Quando uma vez ou outra, você deixa as lágrimas correrem, quando realmente chora, seus olhos se limpam, você se purifica e se revigora, porque as energias bloqueadas e as emoções reprimidas são liberadas.

Alguns homens desenvolveram a noção errada de que não devem chorar. Quando crianças, ouviram de alguém ou até dos pais, que era fraqueza ou coisa de mulher chorar.

Mas, isso é um equivoco. Pois, se fosse apenas para as mulheres, os homens não teriam também glândulas lacrimais, na mesma proporção que existem nas mulheres.

Se você chorar sinceramente, quando sentir vontade, você também conseguirá rir, porque essa é a outra polaridade do ser humano. Permita-se dar risadas. Seja você mesmo, liberando suas máscaras e autoimagem negativa.

A pessoa que reprime a raiva fica com a mandíbula bloqueada. Isso gera até problemas dentários, porque muita energia negativa fica acumulada nos dentes. A pessoa com raiva come mais, fuma mais, torna-se um falante obsessivo, porque a mandíbula fica bloqueada .

E, como a mandíbula precisa de exercício para que um pouco dessa energia seja liberada, a pessoa alimenta vícios, engorda, fica nervosa, de mau humor. Tudo por causa da raiva acumulada.

Entenda que a raiva vem dos desejos insatisfeitos, da não aceitação do momento presente, do ego que não quer ser contrariado, do julgamento.

É humano sentir raiva, mas não alimente essa raiva. Deixa que ela venha e se vá. Não fique remoendo o que lhe causou raiva. Não fique se martirizando guardando mágoas, se lembrando do que lhe fizeram. Isso é inútil e vai apenas aumentar sua raiva e sofrimento.

É importante libertar-se da raiva, que é uma energia negativa poderosa que lhe impede de se conectar com sua verdadeira essência. Não desenvolva o hábito de não ser verdadeiro. Desenvolva mais tolerância com seus familiares, amigos e companheiros de trabalho. Aceite mais a si mesmo, os acontecimentos e as outras pessoas como são.

Outro ensinamento importante sobre a autenticidade: permaneça sempre no presente, porque as máscaras do ego, que são as falsidades internas, vêm tanto do passado quanto do futuro. O que passou, passou. Não se preocupe com isso e não carregue o passado como um fardo, pois isso não vai permitir que você seja autêntico em relação ao presente.

E o que não aconteceu ainda não aconteceu. Não se incomode sem necessidade com o futuro; do contrário você não será feliz no momento presente. Entender isso é vital.

Nem passado, nem futuro – o momento é tudo.

Cada momento tem sua característica peculiar, e nenhum momento precisa ser coerente com nenhum outro momento. A vida é um fluxo, é um rio que segue em frente mudando seus humores.

Assim, às vezes, você se sente triste. Não se julgue. Isso acontece. E depois você começa a sorrir de novo. Não se sinta culpado por se sentir triste ou por estar sorrindo. Simplesmente, seja verdadeiro consigo mesmo. Fique em paz! Namastê! Deus em mim saúda Deus em você!