Como os pais devem conversar com os filhos sobre sexo

por Marcelo Toniette

Resposta: É importante que a criança ou o adolescente sinta-se à vontade. Com relação às atitudes dos pais sobre o tema da sexualidade, nem o silêncio, nem a exaltação do assunto, mas com naturalidade e o bom senso, estarem receptivos às necessidades da criança ou adolescente. Importante também é que os pais ou responsáveis tenham ciência dos próprios limites relacionados ao tema, não impondo a própria forma de pensar e de agir, mas incentivando os filhos a cultivarem uma vida com afeto e com responsabilidade.

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Em matéria de sexualidade, os pais aprendem com os filhos e os filhos aprendem com os pais. Independente se os pais tiveram ou não orientação sexual, se querem ou não tocar nessa temática, silenciando ou não, os pais estarão transmitindo educação sexual aos filhos. A atitude dos pais é um elemento importante para a criança aprender que o sexo é algo positivo ou negativo.

É importante que a criança ou adolescente traga suas dúvidas, e que as respostas dadas pelos pais ou responsáveis sejam honestas, simples e diretas, sem com isso serem técnicas ou anatômicas. Perguntas simples, respostas simples, sempre tendo como norteador da conversa o nível de curiosidade da criança ou do adolescente.

Caso os pais ou responsáveis não saibam responder, recomenda-se que busque a informação, pois, mais tarde, a criança ou adolescente perguntará novamente, ou procurará outra fonte de informação. Essa busca de informações dos pais também pode ser feita em conjunto com a criança ou adolescente. Esse trabalho em conjunto fortalece a relação de confiança entre pais e filhos.

É importante que pais e educadores abram espaço para o debate sobre temas relacionados à sexualidade. As recomendações trazidas nesta sessão não devem funcionar como prescrições ou regras rígidas, de modo autoritário, mas podem ser base para a discussão junto à família, à comunidade, à escola, fortalecendo um contexto mais positivo onde seja presente o cuidado, o respeito e a consideração pelo humano, nas suas mais variadas formas de expressão, em um contexto cidadão.

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Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento