O que fazer quando o tratamento psiquiátrico para estresse pós-traumático não traz resultado?

por Eduardo Ferreira Santos

“Meu filho tem 35 anos, sofreu um sequestro-relâmpago com arma de fogo; foi rendido, levaram seu carro com ele dentro; ficou umas seis horas com sequestradores que estorquiram seu dinheiro fazendo-lhe ameaças. Um ano depois, a esposa separou-se dele com duas crianças, sendo uma de três anos e uma de cinco meses. Ele está deprimido e depois que veio aqui para minha casa (sou mãe), está acuado; tem dia que não conversa; quer ficar sozinho e tem falado em coisas espirituais tipo: que Deus tem falado com ele através de símbolos. Ele está desconfiado, achando que tem gente que o persegue… Estou muito preocupada. Ele está fazendo tratamento com psiquiatra, porém, não vejo resultado. Ele está tomando Amytril. Gostaria de saber sua opinião. Obrigada”

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Resposta: Muitas vezes o TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO pode deixar sequelas e, mesmo, tornar a pessoa mais vulnerável a qualquer outro tipo de estresse, o que parece ser o caso de seu filho.

Ele está tomando uma medicação antidepressiva, mas está apresentando sintomas que exigiriam a mudança de conduta do psiquiatra para algum outro tipo de medicamento, além, é claro, de uma psicoterapia conjunta.

Sugiro que você relate ao psiquiatra dele esses sintomas “delirantes” e pergunte sobre uma nova conduta.

 

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