Médicos que praticarem auto-hemoterapia poderão ter registro cassado

Da redação

O procedimento da auto-hemoterapia – terapia de tratamento de certas doenças pela retirada e nova injeção do sangue no próprio paciente – não tem eficácia comprovada e pode ser perigosa, declara o Conselho Federal de Medicina. Os conselheiros aprovaram o Parecer 12/2007, que afirma não haver comprovação científica da efetividade do procedimento. Os profissionais que praticarem a auto-hemoterapia poderão ter o registro profissional cassado, se forem denunciados aos CRMs. “Cabe ao CFM alertar a população que isso não deve ser feito e que pode vir a complicar o estado de saúde do paciente”, afirma o presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson Andrade.

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A Agência buscou a opinião das autoridades médicas por essa terapia ter ganhado popularidade. O procedimento oferece baixo custo e a promessa de cura para doenças graves, como AIDS e câncer.

A conclusão geral da análise é a de que “não existem estudos relativos à auto-hemoterapia desde a sua proposição como recurso terapêutico na primeira metade do século XX até os dias atuais” e que “não há evidência científica disponível que permita a sua utilização em seres humanos”, conclui o texto.