Será que você sofre de insatisfação crônica?

por Thaís Petroff

Conheço e atendo diversas pessoas insatisfeitas.

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Insatisfeitas consigo mesmas, como seu trabalho,  com seu relacionamento amoroso, com seu local de moradia, com seu corpo etc.

Insatisfação é um excelente alerta para nos fazer perceber que é preciso fazer algo com essa situação que nos chateia. Sem a insatisfação, provavelmente tenderíamos a ficar muito mais estagnados na nossa zona de controle.

Percebo que mais pessoas são movidas pela insatisfação ou desconforto por algo, ou seja, pela dor, do que pelo prazer em alcançar algo. Ambos são motivadores, mas parece que tem mais efeito sermos empurrados do que puxados. Assim, a insatisfação é um importante ingrediente para a evolução humana e para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Maravilha! Então sabemos que quando estamos insatisfeitos com algo, basta compreendermos a raiz da insatisfação, traçarmos o que queremos e planejarmos como chegar até lá? Para muitas pessoas  sim, mas não funciona desse modo para algumas. Há os insatisfeitos crônicos, que independente de correrem atrás de seus objetivos, pouco conseguem aproveitá-los e logo já está insatisfeitos novamente. Isso é algo angustiante, pois apesar do grande esforço que se emprega em chegar lá, a sensação é que quando se chega, já não é mais lá que gostaria de estar.

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O que fazer nesse caso?

A boa notícia é que há uma solução para pessoas que têm esse perfil e também para todas as demais que queiram desfrutar de mais bem-estar, paz e alegria na vida. E qual é essa solução então? É a gratidão!

Muito se fala atualmente em agradecer, em ter gratidão. E com razão se espalha essa ideia. Muito além de ser um "bicho-grilo" querendo retornar aos anos 60, essa mensagem tem muito fundamento.

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Quando agradecemos por algo, estamos reconhecendo coisas positivas em nossa vida. Seja ter tido um bom dia, ter feito uma viagem interessante, ter jantado em boa companhia, ter entregue um trabalho que estava lhe tirando o sono etc. Todas essas são situações benéficas e que nos trouxeram bem-estar. Quando somos gratos a elas, registramos em nossa mente essa ocorrência e essa sensação de bem-estar se perpetua por mais tempo do que o término do evento.

Dessa maneira, se praticarmos o comportamento de agradecer, manteremos essa "onda" de bem-estar por muito mais tempo e, inclusive, poderemos viver dentro dela. Já que diariamente todos temos pelo que agradecer. Seja pelo bonito dia de sol, por ter comido quando se estava com fome, por ter um casaco à mão quando está  frio. Não precisamos de grandes feitos para sermos gratos. O segredo é compreender que há muito mais para sermos gratos do que para reclamar. Assim, "viramos a chave" e passamos a perceber a vida e a existência muito mais em termos de observar e notar a metade cheia do copo, do que a metade vazia.

Exercício prático

Para te auxiliar nessa prática, te explico uma forma de se educar a exercitar sua gratidão.

Pegue uma caixinha ou um pote. Preferencialmente que seja um recipiente que você goste da aparência. Essa será sua caixinha da gratidão ou seu pote da gratidão.

Diariamente, pode ser ao final  do dia ou durante o dia, logo após algum evento interessante; anote em uma pedaço de papel algo pelo qual você tenha a agradecer. Como já citei acima, temos mutas coisas boas que acontecem em nosso dia, pelas quais podemos ter gratidão. Não espere grandes situações. Ninguém escala o Everest em um único dia. Temos pequenos presentes no dia a dia que podem se somar em um grande após algum tempo. Escreva-os nesses papéis e coloque em sua caixinha. Sua tarefa é fazer isso minimamente uma vez ao dia. Quanto mais anotações diárias você fizer, mais se condicionará a ver o lado bom da vida, e assim mergulhar nesse magnífico sentimento de plenitude.

Para reforçar ainda mais, você pode todo dia, durante o café da manhã ou antes de dormir, pegar aleatoriamente três desses pequenos papéis e lê-los, devolvendo-os ao seu pote da gratidão.