Neurociência explica a agressividade infantil

por Marta Relvas

A criança não nasce agressiva, torna-se agressiva à medida que recebe estímulos sociais inadequados em relação ao entendimento de suas emoções.

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As emoções humanas são uma fonte valiosa de informações que ajudam a tomar decisões, estas são o resultado não só da razão, mas também da junção de ambas, associadas a outras competências emocionais que podem levar ao sucesso. O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais, englobando aprendizagem, memória e motivação.

Atitudes como morder, bater, puxar o cabelo do colega, espetar o amigo com lápis, tesoura, maltratar animais, falar mal com as pessoas, inclusive pais e professores.

A emoção envolve muitos tipos de estados, reações e atitudes mentais desastrosas nos relacionamentos. O ideal sempre será o diálogo e nunca a agressão com a criança. Ou seja, partir para um desenvolvimento cognitivo do pensamento e da reflexão da criança, a fim de provocar um sentimento de compreensão e educação desse estado primitivo de ser.

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Para entender melhor

Existem três tipos de modelos emocionais propostos a fim de explicar a base da sensibilidade emocional, todas moduladas pelo sistema nervoso central e periférico.

Veja a seguir:

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a – Realimentação visceral ou somática – a reação emocional provoca mudanças corporais. Como por exemplo: aumento de fluxo de adrenalina podendo demonstrar uma fúria para a luta ou briga.

b – Estimulação cognitiva – é quando o estado cognitivo interage com a estimulação para produzir emoção. Diante de uma atitude agressiva usar sempre o ato de pensar para evitar um problema mais grave no contexto da sala de aula.

c – Teorias centrais da emoção – são sustentadas por sentimentos ou emoções subjetivas inteiramente da atividade no sistema nervoso central. As emoções acontecem, porém são rapidamente avaliadas pelo cérebro. A resposta é que todo o sistema nervoso é envolvido na questão da emoção, tanto nas dimensões biológicas, afetivas e emocionais.

A principal função do educador é a integração de informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afetivo. Estar atento às emoções e saber lidar com elas na sala de aula.

(…) Educar a emoção é a habilidade relacionada com o motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações, controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificações prorrogadas, motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento aos objetivos de interesses comuns. (RELVAS, 2008, p.113).