Trabalho ou família: trabalhar mais ou menos?

por Karina Simões    

Há um velho jargão que diz: a vida é feita de escolhas.

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Sorte é um nome dado para se justificar o acontecimento desprezando o suor e a habilidade de estar e comportar-se de maneira certa, na hora certa e no lugar certo. Ou seja, negam-se o talento e o esforço, e atribui-se aos bons ventos o êxito existente.

Assisti novamente ao filme 'O Diabo Veste Prada' e sempre volto a refletir sobre o que diz a personagem Miranda Priestly: "na vida ou se faz sucesso no trabalho ou na família".

Com um mercado cada vez mais competitivo, que exige mais dedicação e empenho, sobressair no ambiente profissional exige renúncias. Não é à toa que se veem grandes empresários, médicos, psicólogos, gestores com uma carga horária de trabalho que ultrapassa o aceitável, mas ninguém pode negar que esse é o preço dos que se destacam no ranking dos excepcionais.

Já ministrei palestras para grupos de esposas e esposos cujos cônjuges se sobressaem na área de saúde e no grupo foi percebida a dor dos familiares pela ausência de seu ente no lar. Era facilmente percebível a inconformação com o familiar, embora a admiração pelo profissional permanecesse intacta.

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Não há um modelo exato para se dizer o que está e o que não está certo, e se essa decisão é comum ou individual por estar no campo pessoal da vocação. O fato é que casais se conflitam com frequência acerca deste tema.

Ser um profissional mediano que assista a sua família ou ser um profissional excepcional que reserve pouco tempo à convivência com o cônjuge e filhos não é escolha das mais fáceis.

Cada cabeça é um mundo e no mundo particular de cada pessoa, o que vale é a felicidade.

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O bom é que o cônjuge e os filhos vivam a cumplicidade de sonhos, e que essa dinâmica profissional até possa ser um sinal para a adequação de excessos ou comodismos a fim de que tudo se ajuste com harmonia… e que toda escolha, entre o mais e o menos, seja motivo de felicidade. Simples assim!