Não atrapalhe as pessoas enquanto elas fazem besteira

por Dulce Magalhães  

O que não precisamos é de interferência e de palpite, mesmo quando a gente enfiando o “pé na jaca”, “metendo os pés pelas mãos”, em suma, fazendo bobagem. Mesmo sendo do alto de uma grande e sábia experiência, opinião que não é solicitada não funciona.  Tem muita gente preparada para ajudar nos processos de vida que queremos empreender: são professores, terapeutas, coachs, treinadores, personal “tudo”, para o que precisar. Sabe por que todos esses profissionais capacitados realmente ajudam? Porque foram solicitados. Isso mesmo, a pessoa pediu para ser ajudada, apoiada, ensinada, criticada, esclarecida e orientada.

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Três regras simples para não atrapalhar ninguém, mesmo quando estão fazendo besteira: 

1. Não dê palpite
2. Não emita sua opinião
3. Não se intrometa 

Pode parecer duro, especialmente se você quer ajudar o filho muito amado, o melhor amigo ou um parceiro de trabalho, contudo, pense bem antes de interferir naquilo “que não foi, efetivamente, chamado”. Se você lembrar como foi enervante e desmotivador ouvir palpites, opiniões e críticas não solicitadas, você pode se dar conta que não adianta nada essa interferência, mesmo porque a pessoa acaba fazendo o que pensa, e quando dá errado, ainda acha que foi o mau agouro do outro que atrapalhou. 

Não dar palpite é um ato de grande consciência, porque somos programados para dar nossa opinião, mesmo quando não entendemos nada do assunto. Independente da experiência prática, muita gente tem uma receita para gripe, como dar um jeito no mau-jeito, qual a melhor forma de organizar as coisas, qual o melhor caminho, ufa!  Pouca gente segue receita, lê o manual de instruções ou consulta um especialista, por quê? Somos habituados ao jeitinho, à tentativa e erro, ao errar para aprender, enfim, não se muda um modelo mental, precisamos transcendê-lo.

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Se você quer mesmo ajudar, ao invés de interferir, coloque-se à disposição, ofereça-se para fazer algo produtivo, deixe claro que você está aí para conversar sempre que o outro precisar e reforce o quanto você admira/confia/acredita/vibra pelo sucesso daquela pessoa – se não for esse o caso, então você não tem nada mesmo a fazer aí, dê o fora agora.  No mais, aproveite para se divertir e também fazer suas besteiras sossegado.  

Reflita sobre isto. Suerte!