Depois de anos de casamento ele foi embora da noite para o dia. E agora?

Por Eduardo Yabusaki    

Os anos passam e às vezes nem percebemos o quanto ficamos acomodados ou desatentos um com outro no relacionamento.

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Somos consumidos pelo dia a dia e, de repente, uma das partes torna-se insatisfeita com o casamento e infeliz em sua vida.

Isso pode acontecer naturalmente em qualquer relacionamento. Porém, deve-se avaliar o quanto isso pode ser reversível ou se não existe mesmo a possibilidade de reestruturar o casamento. Se ambos concluírem que desejam fazer a tentativa de lutar pelo relacionamento, ainda assim será difícil, mas possível. Porém, quando um não quer, fica pouco provável.

Na vida conjugal precisamos ter a clareza e o hábito de, tempos em tempos, fazer uma reflexão de como estamos e como caminha nosso relacionamento, para que não descuidemos do mesmo ou deixemos de buscar o que desejamos na vida a dois. Mais do que um alerta, essa deve ser uma estrutura habitual dentro da convivência conjugal. Vivemos constantemente processos de mudanças em nossas vidas e isso certamente repercutirá em nosso relacionamento.

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É preciso ter claro que o relacionamento depende de dedicação, empenho e cuidado para que possa ser o mais leve, tranquilo e saudável. Temos que incutir a cultura do cuidar pela vida inteira: da boa convivência, da boa comunicação e da troca afetiva.

Se a ruptura for inevitável, é importante que ambos procurem ter a tranquilidade das implicações de um processo de separação e que isso gere, dentro do possível, menos transtorno e sofrimento a todos os envolvidos diretamente, ou seja, o casal e os filhos que porventura tenham juntos.

Nessa hora, procure deixar de sobrepor a individualidade e pensar no que possa ser o melhor para todos. O entendimento se dará pela prática de uma comunicação clara, concisa e assertiva. Procure não se desesperar e acreditar que tudo possa se resolver bem e que superará a perda ou os medos e inseguranças advindas da nova realidade de estar só.

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Se ocupe ao máximo de todas as atividades habituais sem deixar de viver a mágoa ou angústia, mas buscando superá-las da forma mais tranquila e serena possível. Sua paz e sua confiança dependem do que cultiva dentro de si e pela perspectiva de viver um futuro diferente com alguém com quem se identifique e possa construir uma nova relação, permeada de amor, respeito, cumplicidade, entendimento e confiança.

Jamais perca a crença e a esperança de que possa viver um relacionamento verdadeiro, prazeroso e feliz.