Por que sentimos sono após o almoço?

Da Redação

A sensação de sonolência após o almoço tem explicação e não está ligada diretamente à quantidade de comida ingerida nesta refeição. Segundo o otorrinolaringologista especializado em medicina do sono, Fernando Oto Balieiro, o sono neste período é, na verdade, uma questão fisiológica, e portanto, natural para a maioria das pessoas.

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Comumente, a luta para se manter acordado depois do almoço é atribuída ao deslocamento da circulação para o aparelho digestivo, o que diminui o transporte de oxigênio no cérebro. Mas se esse fosse o único motivo, em outras refeições o sono estaria presente, o que não ocorre.

Caso seja feita uma refeição mais pesada no meio da tarde em um período posterior ao do almoço, dificilmente esse sono será sentido. Isso porque essa sensação é fisiológica e não está ligada somente à questão da digestão. Além disso, existem situações para que sensação de sonolência apareça. Ou seja, as condições ocorridas no organismo após o almoço, são parecidas com as que acontecem durante a preparação para o sono noturno, como variação hormonal e queda da temperatura corporal, que sinalizam ao corpo que é preciso dormir.

“Nosso ciclo biológico de 24 horas possui algumas secreções de hormônio, como a melatonina à noite, que ajuda a induzir o sono, e queda da temperatura que sinaliza ao corpo que é preciso prepará-lo para dormir. Isso também acontece por volta das 14h00, mas desta vez com a variação, principalmente, do hormônio cortisol", reforça o médico.  

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A intensidade e a composição da alimentação não estão descartadas dos motivos dessa situação: refeições mais gordurosas realmente deixam a digestão mais lenta e potencializam esse efeito natural após o almoço.

A fim de exterminar o cansaço, o cochilo após comer, não é contraindicado para a maioria das pessoas. O especialista orienta que esse hábito deve ser evitado somente por quem sofre de insônia e refluxo. Caso contrário, descansar até 30 minutos já ajuda a recarregar a energia e não prejudicar o desempenho cognitivo durante o restante do dia.

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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