Amor: existe a pessoa certa ou errada?

Da Redação

O amor está no ar, afinal maio é um dos meses em que mais ocorrem casamentos no Brasil. Mas, como saber se o casamento vai dar certo ou ainda como saber se você está se casando (ou se casou) com a pessoa certa? Isso existe?

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Para a psicóloga e terapeuta de casal Denise Miranda de Figueiredo, não existe pessoa certa ou pessoa errada quando o assunto é amor e casamento. “O que existe é a vontade de fazer acontecer, a disponibilidade em conhecer o outro, a disponibilidade para mudar, a intenção que dê certo”.

Infelizmente, ainda somos educados em cima da ideia do amor romântico, da alma gêmea, do par perfeito. Mas isso só existe em filmes, novelas e livros, não na vida real. Pensar dessa forma dificulta que vejamos o outro como ele é, pois iremos nos relacionar de forma idealizada e quando ocorrer um problema, por menor que seja, acabaremos nos decepcionando e partiremos para uma nova relação. Isso se torna um ciclo vicioso de relações malsucedidas, em busca de um conto de fadas ou de um romance de novela.

Expectativas e realidade

A psicóloga e terapeuta de casal Marina Simas de Lima explica que idealizar demais o amor impede que as pessoas se conheçam de verdade.

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“Nos primeiros encontros ou meses de namoro queremos dar o nosso melhor, evitamos mostrar nosso ‘lado B’. Porém, uma hora ou outra isso vai acontecer e se criarmos uma ilusão, uma imagem idealizada do outro ou de nós mesmos, haverá um grande desencontro entre este casal, quando a realidade bater à porta”.
 
“Na verdade, o relacionamento que dá certo é aquele em que há tolerância para as imperfeições um do outro. Todos temos nossas forças e nossas fraquezas, assim como nossas crenças e valores e para dar certo, é preciso que o casal tolere esses aspectos. Outra habilidade importante é a capacidade de lidar com as frustrações que são inevitáveis em qualquer relacionamento”, completa.

É preciso lembrar que diferentemente do namoro, o casamento é uma escolha que nos faz conviver diariamente com as imperfeições do outro, com os aspectos que podem nos desagradar no outro. Assim, é um exercício diário de amor, tolerância, empatia e compreensão. Se a pessoa se casa sem entender essa dinâmica, é provável que com o tempo essa relação não se sustente, surgindo o desencanto e a desilusão.  

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Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.