Empatia: a arte de calçar o sapato do outro

Da Redação

Certamente você já deve ter ouvido falar de empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro, “calçar os sapatos do outro para sentir onde o calo aperta”. Mas, será que você pratica a empatia no seu dia a dia, especialmente no seu relacionamento amoroso?
 
Quando seu (sua) parceiro (a) chega mal-humorado depois do trabalho, você costuma criticá-lo (a) por isso ou se colocar no lugar dele (a) e oferece apoio? E quando sua mulher está de TPM, você costuma entender ou acha que é frescura? De acordo com especialistas no tema, a empatia vai muito além de perceber como o outro está se sentindo.
 
“A empatia só acontece quando há uma conexão verdadeira com o outro e quando conseguimos deixar o individualismo de lado, assim como as críticas e julgamentos”, comenta a psicóloga Marina Simas de Lima.
 
“Para sermos empáticos precisamos pensar muito mais no que é bom para o casal do que para nós mesmos. A empatia nos obriga a entender que nossos interesses e necessidades nem sempre serão os mesmos do nosso (a) parceiro (a), portanto precisaremos ceder em alguns momentos e isso dentro de um casamento é uma constante”, diz.  
 
Empatia e conexão andam juntas

Continua após publicidade

Segundo a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, a conexão é fundamental para praticar a empatia. “O ser humano é um ser gregário, social. Isso significa que precisamos uns dos outros para vivermos. Nós crescemos como indivíduos por meio da conexão e não do isolamento. Portanto, a empatia é fundamental na vida a dois, familiar e social, pois nos ajuda a criar e a fortalecer essa conexão”.
 
A empatia acontece em alguns aspectos, como o emocional, o cognitivo e o compassivo.  A empatia emocional é quando percebemos o sofrimento, a felicidade, a preocupação do (da) parceiro (a). Mas… não basta notar o que o outro sente. Precisamos de uma compreensão verdadeira do que o outro está passando, assim como precisamos adotar uma atitude de compaixão para que o outro se sinta melhor, se sinta amado e apoiado.
 
Estudo recente realizado por um instituto indica que o medo de não se sentir amado e apoiado foi o terceiro no ranking dos principais medos dos casais brasileiros e ficou na frente, inclusive, do medo de ser traído. Assim, esse dado corrobora o fato da empatia ser fundamental na vida a dois.  

Um exemplo é quando o (a) parceiro (a) chega do trabalho mais tarde, estressado (a) e cansado (a). Você sente que há algo errado, que o outro não está bem, mas acaba fazendo um comentário com tom crítico ou julgador, como: “você precisa aprender a dizer não”, “você é muito caxias” etc. “Neste exemplo a empatia ficou apenas no emocional. O cônjuge não foi capaz de aplicar a compaixão e demonstrar uma atitude de apoio”, cita Denise.

Cinco dicas para praticar a empatia no seu relacionamento – clique aqui 

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Continua após publicidade