Como utilizar a inteligência emocional no trabalho

Por Thaís Petroff

Atualmente é bastante comum ouvirmos falar sobre inteligência emocional, mas você sabe o que é isso e para que serve?

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A inteligência emocional é a competência de lidar bem com suas próprias emoções e também dos outros. Isso quer dizer: ter consciência das suas emoções e das outras pessoas (perceber e reconhecer quando elas aparecem), saber fazer sua autogestão e gestão alheia, ter empatia (conseguir se colocar no lugar do outro e perceber como ele se sente) e ter habilidade social (lidar adequadamente com diferentes pessoas em diferentes contextos). É portanto uma competência complexa, que envolve a inteligência intrapessoal (você com você mesmo) e interpessoal (você com os outros).

Inteligência emocional no trabalho

Em seu trabalho você precisa tomar decisões? Negocia sobre prazos, contratos ou ideias com seus pares, chefe ou clientes? Participa de reuniões onde é esperado que você coloque seus pontos de vista e contribuições? Tem um chefe e/ou uma equipe? Tem prazos e metas para cumprir e, portanto, pressão? Nem sempre sente que o reconhecimento que tem é proporcional ao seu esforço? Sente-se desmotivado ou inseguro em suas funções?

Sabe o que há em comum entre todas essas situações? A necessidade da inteligência emocional! Toda vez que precisamos lidar com nossas emoções para fazer algo ou com uma outra pessoa, a inteligência emocional se faz presente; o que quer dizer que ela faz parte de inúmeras situações em nosso dia a dia e, quanto menos a dominamos, mais “apanhamos”.  

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E esse cenário fica ainda mais evidente, quanto mais se sobe de cargo ou se alcança posições de liderança. Pesquisas mostram, por exemplo, que em média, para todo e qualquer tipo de trabalho, se utiliza 33% de inteligência (QI) e de habilidades técnicas contra 66% de inteligência emocional (QE). Para posições de liderança esse número passa para 15% de QI e habilidades técnicas contra 85% de inteligência emocional (QE). E é justamente por isso que inúmeros executivos são despedidos quando chegam a determinados cargos. Não é por falta de inteligência ou conhecimento técnico, o qual justamente eles têm em grande quantidade, e justamente por conta disso são promovidos, mas conforme vão galgando os degraus da ascensão profissional, os déficts em relação à competência da inteligência emocional começam a ficar mais evidentes, até o momento em que tomam uma decisão ruim ou tem uma atitude que os denuncia.

E a IE não se mostra necessária somente se você trabalha em uma empresa. Se seu desejo é de empreender, aí então ela se faz indispensável desde o início. É preciso aprender a ser multitarefa, lidar com pressões de pouco budget (orçamento) e muito trabalho para poucas mãos, ter que solucionar problemas que aparecem o tempo todo e que atravancam o seu negócio, fazer networking, negociar preços, lidar com clientes agressivos etc.

Diante disso, em vez de discutir a importância da IE para o sucesso profissional das pessoas e das corporações, já que é algo tão óbvio, surge a pergunta do porquê de muitos ainda não darem a devida atenção a essa questão.

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Caso você tenha percebido que essa competência é o grande divisor de águas para te levar ao seu crescimento e êxito profissional, saiba que a IE pode ser desenvolvida e aprimorada. Portanto, o caminho para ser bem- sucedido, não só profissionalmente, mas na vida como um todo, é buscar meios para fortalecer e melhorar esse aspecto em você.

Como desenvolver a inteligência emocional

Por se tratar de uma competência, podemos destrinchá-la em três partes que compõem o famoso “CHA”, tão citada na administração:

• Conhecimento: quanto você sabe sobre IE. Além de estudar e ler sobre o tema, o quanto você se autoconhece, o quanto conhece as outras pessoas e o quanto tem consciência de si e dos outros.

• Habilidade: é o saber fazer. É o quanto você pratica e domina lidar com suas emoções e dos outros, para evitar situações disfuncionais e prejudiciais, em prol de torná-las construtivas e benéficas.

• Atitude: é o querer fazer, o entrar em ação, e assim promover as mudanças. Sem atitude não há possibilidade de novos resultados.

Fonte: www.thaispetroff.com.br