O desafio de parar de fumar

Por Joel Rennó Jr.

Abandonar o hábito de fumar e os efeitos prazerosos que a nicotina produz requer muita força de vontade. Por se tratar de uma dependência química, é necessária a orientação e o acompanhamento de um psiquiatra. Geralmente, utilizam-se medicamentos para auxiliar nessa batalha do paciente contra o vício. Apesar de saber, por inúmeras campanhas na mídia, os malefícios que o cigarro acarreta à saúde e ao meio ambiente, o tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. 

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O fumante, inicialmente, sente mais prazer do que problemas no cigarro: melhora do raciocínio e do humor, diminuição da ansiedade e ajuda no controle de peso, por exemplo. Todos efeitos da ação da nicotina. Com o passar do tempo, entretanto, esses efeitos não são mais atingidos com a mesma dose, fazendo com que o fumante aumente o número de cigarros para obter efeitos outrora alcançados com doses menores. O fumante torna-se, então, dependente químico e psicológico do cigarro. Além disso, fatores ambientais, psicológicos, comportamentais e socioculturais também estão associados ao desenvolvimento da dependência.

Quando deixam de fumar…

Quando os fumantes param de fumar, sentem desejo pelo cigarro e têm sintomas de abstinência que contribuem para o risco de recaída.

Os sintomas de retirada incluem:

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• Distúrbios do sono
• Irritabilidade e/ou agressividade
• Depressão
• Agitação
• Dificuldade de concentração.

Após dois ou três dias sem fumar, esses sintomas chegam ao seu nível máximo, a chamada fissura, e podem durar várias semanas. Reações do corpo que deixa de receber 7 mil substâncias químicas por cigarro tragado.

Buscar orientação, suporte, medicação e estar preparado para recaídas são medidas que podem ajudar os fumantes a abandonar o fumo. Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, com auxílio de um especialista, o índice de abstenção chega a aumentar em até 30%.

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Para que o tratamento do tabagismo tenha mais chances de ser bem sucedido, é necessária uma combinação de aconselhamento e terapia medicamentosa, que depende de avaliação minuciosa da necessidade de cada paciente.