Preciso mesmo mudar o meu visual?

Por Celso da Silva

Esta é uma questão que nos aborda e nos preocupa. Por que algumas pessoas mudam tanto de visual? Se o visagismo (saiba mais) representa a identidade visual, o que pensar dessas variações.

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Pensemos que o indivíduo está sempre em uma crescente, portanto, em busca de novas aspirações. No momento que há essa conquista ou derrota, normalmente precisa pontuar. Ou seja, explicitar através da imagem aquele novo ciclo. Pode ser um novo namoro ou o término de um, um novo trabalho, um novo emprego etc.

Isso nos faz pensar que o visual faz parte do processo psicológico, quando o associamos aos nossos desejos e conquistas.

Analisemos então que indivíduos buscam expressar uma informação a todo o momento, mesmo que equivocada, por não ter referência do assunto para a composição da imagem visual e o que deseja expressar.

E o que pensar sobre os indivíduos que permanecem por muito tempo com um visual, ou até aqueles que nunca mudaram?

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Seria desleixo, falta de conhecimento do assunto ou comodidade?

Todas as hipóteses são possíveis, pois lidamos com pessoas diferentes umas das outras, mas é bem certo, que o medo de arriscar e ser alvo de críticas promove essa condição ‘estática’ no ser humano.

Pode ser que esse indivíduo de pouca ou quase nenhuma mudança, não tenha refletido sobre os seus desejos visuais (o que deseja expressar através da imagem). Talvez ninguém tenha lhe feito essa interpelação.

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O que importa é que a expressão deve vir de dentro, precisa ser verdadeira, para que possamos sustentar tal intenção.

Exemplifico através de uma cliente que sempre usou cabelos escuros, na modalidade de castanho e após, muitos anos, resolveu ficar loura. Isso sem testes prévios, mas pela empolgação e recomendação de terceiros.  Realizando sua vontade não se identificou ao olhar no espelho. Embora o serviço tenha sido bem executado, mas não planejado e consultado,  acabou resultando em insatisfação.

A mudança tem um tempo certo para ocorrer e deve ser voluntária, para si e não para ninguém.

Mudar sim, mas quando acharmos propício.

O que desperta esse desejo de mudança atrela-se ao consumismo evidenciado pelas mídias.

Mesmo não sendo necessário, pensamos em precisar de algo, às vezes, mais do mesmo. Ou então em coisas que não nos representam.

Fiquemos atentos à real necessidade de mudança, a primeira a acontecer deveria ser a interna.