Aspectos da terapia psicológica – Parte 1

Por Regina Wielenska

Psicoterapia ou terapia psicológica é uma forma de intervenção exercida por psicólogos e médicos, geralmente psiquiatras, que tenham sido especificamente treinados para o exercício legal e científico dessa atividade profissional. Fique alerta para falsos psicoterapeutas, pessoas sem formação profissional adequada e que fizeram precários cursos não oficiais por seis meses ou um ano e se autodenominam terapeutas.

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Minha coluna de hoje fará menção predominantemente ao atendimento de adultos. A maior parte das terapias psicológicas ocorre por meio da palavra, do diálogo entre um cliente e seu terapeuta. Há psicoterapias mais vivenciais, ou as que, por exemplo, usam recursos expressivos como a arte. Por trás disso tudo há um profissional registrado no respectivo conselho regional, seja médico ou psicólogo. Busca-se estabelecer uma atmosfera de respeito e confiança recíprocos entre terapeuta e cliente, que siga princípios éticos e técnicos.

Linhas de psicoterapia

Psicoterapeutas geralmente seguem uma linha teórica que orienta suas reflexões sobre o caso atendido, implica em uma visão de mundo e formas de intervir. Há muitas possibilidades de linhas, como as várias terapias de orientação psicanalítica, terapia junguiana, terapia analítico-comportamental, terapia cognitiva, psicodrama, terapia existencial e várias outras. Cada uma dessas abordagens, ou linhas teóricas, propõe ao cliente um estilo de interação.

Como escolher um psicoterapeuta?

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Entendo que um cliente possa ficar confuso para escolher um psicoterapeuta, com tantas sutilezas, modalidades de pensamento e formas de atender. Um critério provisório, quiçá inicial, seria optar por conhecer um terapeuta que já atendeu satisfatoriamente algum amigo ou conhecido. Outro jeito seria solicitar a um médico de confiança que lhe encaminhe para um profissional de boa reputação. Mas, vencida essa etapa, caberá ao cliente sentir se entre ele e aquele psicoterapeuta específico foi possível estabelecer um relacionamento clinico de qualidade e confiança, que permita dar prosseguimento aos atendimentos, cuja frequência tende a ser de ao menos uma vez por semana, com duração de 45 ou 50 minutos cada sessão.

Não esmoreça se a primeira tentativa não for bem-sucedida, muitas vezes o ajuste cliente-terapeuta pode acontecer só numa oportunidade subsequente. Reside aí uma semelhança com a compra de um calçado: a forma ideal para a pessoa A pode não servir para B. O jeito é buscar em várias lojas…

Na próxima coluna vou comentar sobre os propósitos da psicoterapia de adultos.

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