Chocolate, chá e vinho: combinação ‘vitamina’ o cérebro

Da Redação

Já temos boas evidências de que o consumo moderado de álcool assim como o de chá está associado a um menor risco de declínio cognitivo em idades mais avançadas.

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No caso do chocolate amargo, as pesquisas sobre seu efeito sobre o cérebro ainda estão engatinhando, mas já foi demonstrado que ele pode aumentar o fluxo sanguíneo cerebral. O que esses três alimentos têm em comum? Todos são ricos em flavonóides, micronurientes encontrados nos vegetais e que são poderosos antioxidantes.

Uma nova pesquisa publicada recentemente no Journal of Nutrition investigou o efeito desses três alimentos sobre o desempenho cerebral. Mais de 2 mil noruegueses com idade entre 70 e 74 anos foram submetidos a testes cognitivos e a um questionário sobre hábitos alimentares incluindo o consumo dos três alimentos pesquisados. E o resultado foi que indivíduos que consumiam vinho, chocolate ou chá apresentavam melhores scores nos testes cognitivos. Essa associação foi independente para cada um dos alimentos, mais expressiva no caso do vinho, e mais expressiva ainda em indivíduos que consumiam regularmente os três alimentos. No caso do vinho, melhor desempenho cerebral esteve associado a doses de 75-100 ml/dia. No caso do chocolate a dose ótima foi de 10g/dia enquanto no caso do chá essa relação de dose e efeito não pôde ser demonstrada.

Qual deve ser o consumo diário de chocolate, chá e vinho tinto para se ter bom desempenho cognitivo?

O estudo mostrou que o melhor desempenho cognitivo estava associado ao consumo de chocolate 10 gramas por dia; vinho 75-100 ml/dia.

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No caso do chá, os resultados só mostraram que quem tomava chá tinha melhor desempenho do que quem não tomava, mas não foi possível detectar essa relação de maior dose maior efeito.

Boa receita para o cérebro, né? Um cálice de vinho tinto à refeição, um pedacinho de chocolate amargo na sobremesa e um chá verde antes de sair da mesa. Pra melhorar, só se tiver um peixinho rico em Omega 3 como prato principal.

Fonte: Dr. Ricardo Teixeira – Doutor em Neurologia pela Unicamp

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