Aleitamento materno além de ser um ato de entrega exige empenho

Da Redação

A psicóloga Cynthia Boscovich diz que a relação do bebê com a mãe começa muito antes de ele nascer. Expectativas em relação à aparência física, sexo, jeito de ser e personalidade do bebê podem fazer parte das idealizações maternas.

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Durante a gravidez, grande parte das mães já se preocupa com a amamentação e cria fantasias que denotam medo de não conseguirem realizar essa tarefa. A garantia de obterem resultados satisfatórios depende de vários fatores, que incluem condições físicas, emocionais e ambientais. “Todas as mães são capazes de amamentar, mas nem sempre conseguem fazê-lo do modo como esperavam. Fala-se muito sobre as maravilhas do aleitamento; no entanto, as que não o conseguem sentem-se muito frustradas, chegando até a não se sentirem boas mães por causa disso. Por quê? Há muita cobrança por parte da sociedade em relação à amamentação”

Hoje também se destaca muito a importância da amamentação e de seus benefícios. E, de fato, os bebês e as mães que usufruírem na íntegra dessa experiência só terão a ganhar.

“Logo ao nascer, o bebê necessita de inúmeros cuidados, em sua maioria físicos. Sozinho, o recém-nascido não consegue sobreviver e, portanto, necessita de alguém que cuide dele, e a amamentação representa apenas um entre os muitos cuidados”, acrescenta a psicóloga.

O que caracteriza uma boa mãe é o padrão de cuidados por ela proporcionados ao bebê – e esse padrão deve ser confiável e regular. Uma mãe envolvida com seu filho pode ser uma excelente mãe, mesmo que o amamente com mamadeira.

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“Vejo algumas mães muito preocupadas – chegam inclusive a ficar perdidas – ao tentar amamentar o bebê da melhor maneira possível. São muitas as informações disponíveis, algumas até contraditórias. Há formas e formas de amamentar um bebê, pois cada um deles é único – e é isso que deve ser levado em conta. No entanto, é muito importante que a mãe seja orientada nesse sentido, para que possa realizar essa tarefa de modo natural e espontâneo.” alerta a psicóloga

É importante obter informações sobre como posicionar o bebê durante a amamentação, como apresentar o seio a ele, como saber se ele está mamando corretamente, como posicionar o bebê para arrotar, como saber o momento certo para desmamá-lo, entre tantos dados sobre o assunto que muito contribuem para um aleitamento bem-sucedido. “As mães precisam saber tudo isso para se sentirem confiantes. A segurança delas é o que proporciona segurança e tranquilidade ao bebê, fundamentais para a saúde psíquica dele.”

Ela alerta para a importância de a mãe estar inteira e presente durante o aleitamento. “A experiência da amamentação é rica em inúmeras sensações e não pode ser mecânica, pois o bebê, mesmo muito pequeno, já é capaz de captar como uma esponja essas sensações”.

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É essencial consultar um especialista para sanar dúvidas sobre o aleitamento.

Amamentar é um ato de amor e deve ser natural. Mas exige empenho e doação. Essa entrega torna a experiência inigualável e rica em sensações, pois inclui o calor, o cheiro, o toque, a voz, o olhar, que alimentam o corpo e a alma não só do bebê, mas também da mãe – e ela pode vivê-la como algo transformador em sua vida.