Qual é a melhor hora para ter uma ‘DR’: discutir a relação?

por Anette Lewin

"Seria antes ou depois do sexo? Ou em outro momento? Por quê?"

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Resposta: Discutir a relação, da forma como a maioria dos casais faz, já virou piada… Isso porque na maioria das vezes a discussão acaba se tornando um pingue-pongue de acusações onde a única postura possível é a defensiva. E quem se defende …não ouve! Quem ataca…tambem não!

É verdade que numa relação amorosa, aquilo que não está funcionando precisa ser colocado para o parceiro. Mas o mais importante é a forma de se colocar. Uma enxurrada de reclamações jogadas de uma vez, fará, no mínimo, com que depois de algum tempo o parceiro simplesmente pare de ouvir. Portanto, colocar-se aos poucos, ouvindo a reação do parceiro antes de continuar, é a primeira regra do bom senso. E saber parar quando não vê uma reação acolhedora, é o complemento dessa regra.

Assim como é muito fácil ouvir elogios e deliciar-se com eles, é muito dificil ouvir críticas de alguem com quem se convive. E doses maciças delas simplesmente são insuportáveis. Portanto, o mais lógico é discutir pontos da relação e não discutir "a" relação.

Existem dias em que as pessoas estão mais receptivas, outros em que se sencontram mais refratárias. A escolha do momento, portanto é a segunda questão a ser observada e respeitada. Antes do sexo? Depois do sexo? De preferência em um momento neutro sob o risco, dependendo da discussão, do sexo ser associado a algo tenso e desagradável. O que pode comprometer sua qualidade.

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É verdade que muitos casais se agridem numa 'DR' e depois fazem as pazes através de uma relação sexual. Funciona , mas tem seus riscos, pois o casal pode se acostumar com o binômio briga/sexo e não conseguir dissociá-lo, ou seja, provocar brigas para transar depois. Discutir depois do sexo é mais arriscado ainda; pode acabar tirando dos parceiros a vontade de transar, pois a "sobremesa "será amarga.

Em geral, uma relação que funciona não precisa ser muito discutida. Pelo menos não verbalmente. O casal precisa se acostumar a "ler"os sinais de aprovação ou desaprovação do parceiro por trás das palavras: um olhar, um suspiro, uma pausa prolongada podem falar muito mais do que um monte de palavras. E estar sendo observado com sensibilidade e cuidado é a maior prova de afeto que qualquer pessoa pode ter.

ATENÇÃO: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento

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