Saiba se está acima do peso e evite o efeito iôiô

por Ana Cristina Mendes –

A obesidade é um problema que vem atingindo milhares de brasileiros a cada ano e, assim como a desnutrição, vem trazendo graves conseqüências para a saúde do nosso povo. É uma doença caracterizada pela condição da gordura excessiva no nosso corpo, seja geral ou localizada, que ocorre devido a um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico, dentre outros fatores.

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A obesidade associa-se a uma excessiva deposição de gordura corporal, indicando que a porcentagem de peso corporal relativo ao tecido adiposo é maior que em condições normais. Trata-se de um processo generalizado, embora certas regiões do corpo possam ser afetadas mais intensamente.

A obesidade constitui um estado de má nutrição, em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzido entre outros fatores pelo excesso alimentar.

A questão do sobrepeso está associada à hereditariedade, bem como a várias doenças (hipertensão, doenças do coração, diabetes, aumento do teor de gordura no sangue, entre outras), sendo considerada como um fator de risco para várias outras doenças. Deste modo, pode-se concluir que o sobrepeso é prejudicial à saúde e a redução ponderal é recomendada, objetivando-se numa melhor qualidade de vida.

Será que estou acima do peso?

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A maneira mais rápida e prática de avaliar se uma pessoa é ou não obesa, é através do cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea):

IMC = Peso (em kg) dividido pela
Altura X Altura

Se o valor encontrado for:

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25 a 29: Sobrepeso
30 a 34,9: Obeso grau I
35 a 39,9: Obeso grau II
40: Obeso grau III

Exemplo: uma pessoa de 73kg com 1,77 de altura
73kg dividido por 1,77 X 1,77 = 73 dividido por 3.13 = 23.3, portanto esta pessoa não possui nem sobrepeso e nem é obesa.

É possível que uma pessoa esteja com sobrepeso sem estar obesa, mas na maioria dos casos, o sobrepeso e a obesidade estão associados.

Fatores Associados à Obesidade

Está associada a alguns fatores como hereditariedade, distúrbios endócrinos, (ex. disfunções na tireóide), fatores socioculturais, aspectos emocionais (baixa auto-estima, estresse, ansiedade, depressão, etc). Esta síndrome também pode estar associada a muitas outras doenças e a sua ocorrência aumenta o risco de hipertensão, doenças coronarianas, distúrbios de vesícula biliar, problemas respiratórios e articulares.

Tratamento

A melhor forma de tratar a doença é prevenindo-a, sobretudo através de bons hábitos alimentares e atividade física regular. A obesidade deve ser tratada através de uma reeducação alimentar incluindo dietas hipocalóricas, ou seja, substituindo-se alimentos com excesso de calorias (frituras, doces, refrigerantes, guloseimas, carnes gordurosas, cremes, etc) por alimentos menos calóricos (frutas, hortaliças, grãos integrais, sucos de frutas, etc).

A restrição de açúcares refinados e gorduras saturadas, o aumento no consumo de fibras alimentares, a prática de exercício físico, mudanças no comportamento pessoal, apoio psicológico e modificações no estilo de vida são elementos imprescindíveis ao sucesso do tratamento do indivíduo obeso.

Como manter o peso

– Diminua a quantidade de alimentos e aumente o número de refeições
– Inicie as principais refeições (almoço e janta) com saladas cruas
– Evite "beliscos" de guloseimas e salgadinhos entre as refeições
– Evite alimentos refinados e industrializados
– Evite comer rápido ou quando estiver irritado ou nervoso
– Evite alimentos com muita gordura ou massas e doces
– Faça exercícios adequados à sua condição física
– Inclua no cardápio diário 4 a 5 porções de frutas e hortaliças frescas
– Tome líquidos diuréticos diariamente: suco de lima, suco de melancia, suco de abacaxi, água de coco, etc.
– Evite a ingestão de líquidos durante as principais refeições
– Reduza a ingestão de açúcar, bombons, chocolate, mel, bolo, refrigerantes, biscoitos doces e com recheios, geléias, leite condensado, creme de leite e farinhas em geral.

Dicas relacionadas

– Use com moderação os produtos dietéticos, pois são recomendados considerando o teor de calorias e de nutrientes

– Mastigue bem os alimentos, pois uma boa digestão se inicia na boca e é indispensável para a absorção dos nutrientes e para a manutenção da saúde.

– Evite ler ou assistir a televisão durante as refeições.

– Sua alimentação deverá ser saudável, geradora de prazer e suficiente para não sentir fome, pois será adotada ao longo de sua vida.

Por que existe o efeito ioiô?

Efeito iôiô: ocorre quando uma pessoa faz uma dieta para perda de peso e não consegue manter-se na faixa de peso ideal, "ganhando" de novo uns quilinhos extras, recuperando o peso anterior e indesejável. Isso acontece muitas vezes quando não existe uma orientação adequada na adoção de dietas alimentares ou pelo uso de moderadores de apetite sem indicação médica, adesão a dietas "ditas milagrosas", dietas rigorosas e nutricionalmente desequilibradas e etc.