Estudar música na infância pode melhorar inteligência, indica estudo

Da Redação

Uma pesquisa realizada pela York University e pelo Royal Conservatory of Music de Toronto mostra que 90% das crianças que tenham treinamento musical apresentam melhora na inteligência, com melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão.

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O estudo foi realizado com 49 crianças previamente estudadas na idade de 4 a 6 anos, que foram divididas em dois grupos, tendo lições duas vezes por dia, em sessões de uma hora, ao longo de 20 dias.

O médico pediatra Marcelo Reibscheid comenta o estudo:

Segundo ele, a música está intimamente relacionada ao aprendizado em crianças. "Sabemos que crianças que ouvem música com frequência, e principalmente aquelas que estudam musica, podem e normalmente têm um raciocínio mais rápido e maior facilidade de ganho verbal. Há muito tempo já sabemos da relação entre música clássica e inteligência, mas atualmente, sabe-se que outros tipos de música e principalmente seu aprendizado poderá melhorar muito esse desenvolvimento, principalmente entre 4 e 6 anos. Também sabemos que a música pode auxiliar em quadros depressivos infantis e até sintomas de dores físicas”.

Entenda a relação entre música e linguagem

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A gerontóloga Elisandra Sé explica por que o aprendizado musical tem influência sobre o aprendizado da linguagem:

"Na música também existem algumas regras como uma sequência de sons e de harmonias que devem se desenrolar. O aprendizado da música ou de um instrumento musical ajuda no desenvolvimento cognitivo, sobretudo nos aspectos semânticos e nos sistemas de memória. A música se configura numa forma de linguagem e pensamento.

Em casos de lesões cerebrais, por traumatismo craniano, acidentes, doenças ou como nos casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral) quando a pessoa mostra dificuldade em reconhecer músicas que conhecia antes, assim como cantá-las, a pessoa apresenta uma amusia"

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Além do mais, "A música é capaz de ativar no cérebro os mesmos centros de recompensa que uma comida saborosa, droga ou sexo e reduz as concentrações dos hormônios do estresse",conclui a gerontóloga.