Meu filho saiu de casa e fiquei deprimida

por Tatiana Ades

O amor e suas consequências boas ou ruins podem ser patológicas na esfera familiar, como acontece com algumas mães e seus filhos.

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Mães muito apegadas aos filhos podem sofrer da síndrome do ninho vazio: um sentimento de abandono que surge quando eles saem de casa para buscar o seu próprio rumo. Essa sensação de desconforto pode se transformar em depressão aguda, no momento em que um filho anuncia a sua saída de casa.

Algumas mulheres nessa situação, sentem-se além de abandonadas, até "traídas" e uma sensação de vazio se apodera delas. A frustração por estar vendo o filho partir a fez sentir-se inútil, como se todo o cuidado dado a ele até então, não tivesse mais valor algum.

Essa síndrome pode se caracterizar pela partida do filho em situações de casamento, morar fora, buscar liberdade… Não importa, a questão aqui é reconhecermos que um processo de ordem natural não consegue ser visto com bons olhos por diversas mães.

Um fator agravante é quando a mulher não soube antecipar a situação. Ou seja, quando ela nunca foi capaz de elaborar a realidade de que um dia seu filho partiria e esse processo que deveria ser natural, torna-se extremamente angustiante; podendo chegar ao descontrole emocional e a uma severa depressão.
Mulheres mais dramáticas costumam sentir-se piores nessas situações.

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A depressão advinda da alteração hormonal durante a menopausa e a consciência do avanço da idade provocada pela mesma podem baixar a autoestima dessa mulher. Todo esse quadro torna o processo de “luto” ainda mais doloroso.

Cindo dicas importantes

1ª) Trabalhe dentro de você os papéis maternos desde que seu filho é pequeno, saiba que ele não pertence a você, e algum dia irá seguir seu rumo;

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2ª) Não vincule a sua vida à vida de seu filho, tenha suas atividades, hobbies, vontades próprias, não faça da relação mãe e filho um processo simbiótico;

3ª) Perceba se não está usando o seu filho inconscientemente para tapar frustrações internas suas ligadas a relacionamentos frustrados, lembre-se que o papel de um filho nunca será o mesmo do que o de um namorado ou marido;

4ª) Sentindo-se mal com a situação, o ideal é buscar ajuda. Você irá entender que as relações humanas não se caracterizam pela posse do outro e sim pela troca, mas antes de tudo, pelo respeito à liberdade do outro.

5ª) Pense positivo! Agora você possui um tempo a mais para você. Faça uma nova lua de mel com o marido, saia com amigas, passeie e saiba que seu filho só conseguiu sair de casa porque está saudável e pronto para a vida lá fora.