Uso de vitaminas de ortomolecular exige acompanhamento

por Alex Botsaris

A medicina ortomolecular, também conhecida como oxidologia, é uma abordagem médica relativamente nova que pretende enfocar as doenças através da biologia molecular. Foi proposta há cerca de 30 anos por Linus Pauling, prêmio Nobel de Química e pesquisador de projeção mundial, que destacou-se pela recomendação do uso diário de vitamina C para retardar o envelhecimento e promover a saúde.

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O nome ortomolecular, proposto por Pauling é formado do prefixo orto, que vem do grego "orthos" e significa "correto", e do sufixo "molecular", referindo-se ao nível onde se pretende atuar. Oxidologia vem de "óxido" que em química significa-se combinar com o oxigênio. Por isso, um dos seus principais objetivos é neutralizar os chamados "radicais livres", substâncias formadas regularmente durante a queima da glicose através da combinação com oxigênio no organismo.

Os radicais livres são substâncias de grande reatividade, que podem reagir quimicamente com a primeira molécula que surge em seu caminho, formando compostos danosos para a saúde. Para bloquear os radicais livres são empregadas vitaminas e antioxidantes naturais, encontrados nos alimentos, administrados em cápsulas. Freqüentemente a dieta não oferece uma quantidade suficiente de vitaminas, minerais e antioxidantes para fazer frente a demanda gerada pela vida moderna, o que justifica o uso de doses adicionais.

O tratamento também utiliza outros nutrientes essenciais à vida como aminoácidos, lipídeos e sais minerais, que desempenham deferentes funções importantes no metabolismo. Eles podem ser usados para produção de neurotransmissores, para proteger a membrana das células, para estimular a liberação de hormônios, para melhorar as funções de tecidos como o fígado ou a medula óssea (que produz sangue e os glóbulos brancos), por exemplo. Ao receitar o ferro contra a anemia e o cálcio para curar osteoporose, qualquer médico esta usando o mesmo princípio da medicina ortomolecular.

Outro ponto estratégico abordado pela medicina ortomolecular é a exposição e contaminação por substâncias tóxicas ou prejudiciais ao organismo, em especial os metais pesados. Isso é feto através de um exame chamado de mineralograma ou ainda de exames específicos conforme os sintomas. Por fim existem problemas herdados, como uma tendência para ter o colesterol elevado, ou sintomas de eventuais problemas que a pessoa pode ter, como uma digestão ruim. Tudo isso pode ser abordado, no início, com modificações na dieta, uso de vitaminas e mesmo de extratos de plantas medicinais. A medicina ortomolecular também emprega medicamentos convencionais, caso esses sejam necessários e bem indicados.

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Apesar de suas características próprias, a medicina ortomolecular não é considerada uma especialidade pela Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina. No Brasil existem várias sociedades médicas congregando excelentes profissionais, a maioria com filiais em vários estados. Para procurar um bom profissional, é aconselhável buscar indicação numa das sociedades existentes. Em hipótese nenhuma deve-se tomar doses grandes de vitaminas, minerais e aminoácidos sem acompanhamento médico, pois elas podem causar problemas e efeitos colaterais em alguns casos.

Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento