Não fazer o que outro quer pode levar à rejeição?

por Eduardo Yabusaki

"Como perder o medo de ser rejeitada só por que não faço o que o meu amor quer? Sempre tenho medo disso e acabo me sujeitando ao que a pessoa impõe com medo de perdê-la"

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Existem situações nos relacionamentos em que as pessoas estabelecem o vínculo de forma desfavorável ao próprio relacionamento, como no caso de submissão apresentado, em que uma das partes atende sempre ao que o outro impõe por medo de uma reação do parceiro (a).

Por que isso não é saudável?

Bem, vamos por partes:

1. Uma relação que se estabelece pela submissão não pode ser boa. Afinal, uma das partes está se sucumbindo aos desejos do outro, deixando de manifestar seus anseios. Dessa forma, em algum momento se sentirá oprimida, frustrada e insatisfeita.

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2. Nessas condições, a possibilidade de troca afetiva fica comprometida ou quase impossível. Afinal, é preciso que no mínimo haja um bem querer de um em relação ao outro para que os sentimentos e afetos fluam entre ambos.

3. O clima predominante entre ambos é de tensão ou preocupação, desfavorável ao entendimento, boa convivência e descontração entre as partes, portanto, pouco produtivo, destrutivo ou desgastante entre ambos.

4. A pessoa subjugada deixa de manifestar suas vontades, opinião e se torna nula ou indiferente, o que pode ser também desinteressante ao par.

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Portanto, se comportar de forma submissa só irá trazer prejuízos, primeiro à sua vida e individualidade e, em segundo plano, ao relacionamento.

Não deixe jamais de se manifestar ou fazer valer seus interesses e valores, por mais que possam confrontar e divergir. Com diálogo, paciência, tranquilidade e, principalmente, ao saber ouvir, é possível buscar um bom senso, um ponto de equilíbrio (conciliação!). Mas caso isso não seja mesmo possível, não tema o abandono, pois sempre há novas oportunidades e possibilidades de conhecer pessoas interessantes, que saibam respeitar e valorizar sua individualidade.

Nunca tema amar e ser amada, ser feliz e satisfeita em viver no que acredita, e não ser oprimida.

Viva e extravase seus sentimentos sem receio de ser feliz. Se seu par quiser ir junto, aí sim será uma companhia bem-vinda!