Celebração do Natal no xamanismo matriarcal

por Carminha Levy

Ao longo do ano que se encerra estivemos juntos conhecendo a sabedoria das diversas formas de manifestação do xamanismo sagrado.

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Teorias e práticas foram aqui divulgadas e creio firmemente que consegui usar este instrumento revolucionário da comunicação a serviço de minha Missão de Alma, que é conscientizá-los de que somos “Peace of peace.” Ou seja, paz pela paz.

O xamanismo é em sua essência o retorno do sagrado, movimento começado nos anos 60 para trazer a humanidade de volta às suas origens instintivas, valores humanos de igualdade e liberdade de ser”diferente” e também um novo olhar sobre a mãe terra.

O xamanismo volta com a grande missão de nos preparar para o momento atual que clama: Salvemos a mãe terra – nossa grande mãe!

Convido-os para um Natal diferente, no qual além da reverência pelo filho Jesus, iremos xamanicamente cultuar a Mãe.

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Os povos antigos, principalmente os druidas, celebravam no dia 24 de dezembro a noite da Mãe, dedicada a Grande Mãe Nerthus.

Muitas das tradições desse festival sobreviveram e foram adaptadas às celebrações do atual Natal.

Antes haviam grandes fogueiras que eram acesas festejando o nascimento da Criança Divina (encontrada em todas as tradições).

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Hoje, usamos velas e as luzinhas que cobrem as árvores das cidades ou nossa árvore de Natal, que é uma revêrencia feita à Árvore do Mundo.

O anjo no topo da árvore é a representação de Nerthus conhecida como a Mãe da Terra e que simbolizava a fertilidade, a paz e a harmonia familiar.

Naqueles idos de 24 dezembro, os povos antigos ofertavam presentes para as divindades agradecendo as dádivas recebidas ao longo do ano.

No dia 25 os festejos foram herdados das celebrações do Solstício do Inverno. No séc. IV foi escolhida esta data que coincide com o nascimento de vários deuses solares e da vegetação como Tammuz,Osiris, Attis,etc, nascidos das suas Mães Virgens: Isis, Spenta, Mirrha e posteriormente Maria. À meia-noite desse dia, os sacerdotes emergiam dos altares subterrâneos anunciando ”A virgem deu à luz, a escuridão diminuiu”.

Posteriormente, as civilizações mexicanas, peruanas e dos nativos americanos também celebravam o nascimento da criança divina.

Que neste Natal, de um ano tão polêmico que termina com uma grande crise anunciada, possamos sair dessa escuridão de catástrofe financeira, que o mundo mergulhou, com a esperança que dessa escuridão possa nascer nossa Criança Divina cuja maior dádiva é nos tornar mais conscientes e comprometidos com a fé que traz a força do renascimento para uma real ”Nova Era.”

Desejo a meus queridos leitores e familiares um Natal maternal e um Ano Novo cheio de fé e esperança de que somos abençoados pelo ESPIRITO SANTO, MADONA NEGRA, o filho JESUS.