Os Sete Princípios Xamânicos kahunas uma proposta de vida

por Carminha Levy

Toda filosofia Kahuna pode ser expressa por sete preciosos princípios que por sua vez possuem alguns corolários. Proponho que estes princípios possam ser utilizados no cotidiano para uma melhor qualidade de vida. Por sua vez praticar o princípio e os seus corolários o leva a desenvolver um talento Kahuna específico de cada um deles.

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Resumidamente os Kahuna são os xamãs do Havaí, descendentes do Continente Mu e seu ensinamento básico é o que se segue:

Três Eus

Nós somos formados por 3 Eus.

O Eu Básico que em algumas tradições é denominado erroneamente eu inferior. O Eu Médio – nosso Ego consciente. O Eu Superior – centelha divina reconhecida em todas tradições religiosas (do re-ligare). O Eu Básico detem todas as memórias que passam de vidas para vidas, o Eu Médio detem a força de vontade e o Eu Superior é nosso Eu Divino.

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Eis aqui os 3 primeiros princípios

1º Princípio: O mundo é o que você pensa que é.

1º Corolário – Tudo é sonho.

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2º Corolário – Todos os sistemas são arbitrários.

2º Princípio: Não há limites.

1º Corolário – Tudo é conectado.

2º Corolário – Qualquer coisa é possível.

3º Corolário – Separação é uma ilusão útil.

3º Princípio – A energia flui onde a atenção vai.

1º Corolário: A atenção vai onde a energia flui.

2º Corolário – Tudo é energia.

Em relação ao primeiro princípio e seus corolários eis uma sabedoria que é possível ser verificada facilmente.

Você pode ver um copo pela metade e decidir se está quase cheio ou quase vazio, dependendo se você for um otimista ou um pessimista.

É também notória a postura do otimista e do pessimista em face à vida e o que eles gestam com essa atitude mental. No mínimo o otimista estará sempre cercado de bons amigos e criando novas oportunidades profissionais e afetivas. O livro “O Segredo” baseia-se praticamente neste princípio.

Vejamos uma aplicação prática deste princípio através dos dois corolários.

Exercício (ou prática)

Vá para seu lugar de poder xamânico, entre em relaxamento, sacralize-o com os quatro elementos ponha o CD do tambor – leia os primeiros artigos públicados nesta coluna no pé da página – clique aqui. Comece essa prática de imaginação ativa para ter revelações sobre algo que está lhe preocupando. Peça a seu animal de poder que lhe revele o que tem de imaginário (seu desejo fabricando o sonho do que o está atormentando). Certo de que “tudo é sonho”, procure , usando seu mental, ver qual o sonho que se assemelha mais à realidade. Você ganhará a Visão, o talento Kahuna que é desenvolvido através desta prática. “Esta é a visão metafísica que possibilita entender que “todos os sistemas são arbitrários.” Selecione uma solução que mais condiga flexivelmente com a sua filosofia de vida. Esta Visão metafórica o impede de ser radical, intolerante ou fanático ou em outras palavras ser arbitrário.

2º princípio: Não há limites – 1º corolário Tudo está conectado. 2º corolário Qualquer coisa é possível. 3º corolário Separação é uma ilusão útil.

Este 2º princípio nos ensina sobre a interligação energética que permeia a humanidade. Além de nos alertar sobre a responsabilidade dos nossos atos para com o próximo que a própria lei do carma confirma, deixa-nos face a face com nossa dívida para com a Mãe Terra. Por esta ter sido tão negligenciada por seus filhos hoje caminha para o caos. Esta interligação – ou falta de fronteiras (limites) entre eu e o outro – está cantada em prosa e verso em todas as tradições xamânicas como também pela física quântica – a grande teia energética. Mas ai também reside a esperança da solução de nossos problemas. Como enuncia o 2º corolário “tudo é possível”, com a consciência de que nossos atos têm conseqüências imediatas por sermos uma teia, uma rede com a humanidade, podemos hipotetizar – segundo o mantra da Paz Géia “Piece of Peace” que ao nos tornarmos pedaços de paz estamos formatando a grande tapeçaria da paz no mundo – sem limites e sem fronteiras. Eis um exercício coletivo que passa pela ampliação da consciência de cada um de nós, levando-nos a grande consciência coletiva, que tal qual uma massa crítica, terá a força da transformação da humanidade.

Este princípio e seus corolários nos trás o talento Kahuna da Clareza.

3º princípio: A energia flui onde a atenção vai. 1º corolário: A atenção vai onde a energia flui. 2º corolário Tudo é energia. Este é o princípio que nos traz o Talento Kahuna do “Enfoque”. Ele que faz toda a diferença entre as pessoas que realizam todos seus projetos e são vencedores e aqueles que apenas criam grandes projetos e não os levam a cabo. Talvez porque o peso e a responsabilidade de sermos seres realizados nem sempre é um preço que queiramos pagar para ver. À guisa de exercício para ser seguido por quem realmente QUER e ASSUME chegar a seus objetivos, aqui vai um roteiro que exemplifica a íntima união entre atenção e energia.

Atenção e energia

Suponhamos que você quer muito assumir um cargo de chefia que lhe levará ao topo da profissão que você elegeu como sua vocação. Você terá que iniciar pela mais humilde, tediosa e despercebida tarefa da sessão a qual você foi destinado. A limitação do seu trabalho não condiz com o que você deseja com sua ambição, apesar de ser o único caminho para chegar algum dia ao topo. Se você seguir o 3º princípio e não desviar sua atenção de sua meta, aquele trabalho insignificante mas que é feito com garra e profissionalismo terá toda a possibilidade de ser notado, pois a atenção dos seus chefes captará a fluidez da sua energia, o que dará uma qualidade extra que indica que você é um funcionário no qual devem investir. Bem mais rápido do que você pensava já passará para uma função mais de acordo com a sua meta.

E como tudo é energia, na qual você está mergulhado com foco e clareza de onde quer chegar é só deixar fluir que você chegará com maestria ao topo.

Os Sete Princípios Xamânicos kahunas uma proposta de vida

por Carminha Levy

Continuando nosso aprendizado na maravilhosa e mágica Sabedoria Kahuna vamos conhecer agora o 5º princípio e seus corolários. Este é o terceiro texto desta série. Para acessar os dois primeiros – clique aqui

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5º Princípio: Amar é ser feliz (Alorah)

1º Corolário: o amor aumenta à medida que o julgamento diminui.

2º Corolário: tudo está vivo, consciente, responsivo.

Você sabia que a saudação havaiana Alorah tem esse significado tão profundo e abrangente?

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Sempre associamos o Havaí com os colares de flores que são colocados nos recém-chegados, quase que como uma comenda dos antigos nativos, que tinham na hospitalidade e na alegria uma demonstração da sua realeza, pois eles faziam parte de um grande império, cuja principal força era a capacidade de ver o Outro.
Esses votos de boas vindas acompanhados da saudação Alorah e de uma harmoniosa dança Hula–Hula são uma pequena faceta do que seja uma expressão de felicidade e amor. Tudo isso é uma manifestação externa dos ensinamentos Kahunas que corre nas veias dos havaianos.

A felicidade se compõem de momentos de vida, às vezes não tão coloridos quanto essas boas vindas, mas sempre permeado pelo sentimento maior: o amor.

Quando nosso coração está repleto de amor conseguimos atravessar os mais difíceis momentos da vida sem perder a esperança e a fé de que todo o sofrimento um dia terá fim, principalmente quando contamos com o amor que nos cerca vindo da nossa família e de nossos amigos.

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Vamos lançar um olhar sobre o primeiro corolário deste 5º princípio: “amar é ser feliz”: “o amor aumenta à medida que o julgamento diminui”.

Se estivermos vivendo um momento difícil ocasionado por nossos próprios erros e tivermos a sorte de estarmos cercados por leais amigos que acentuam todos os bons acertos que você teve ao longo de sua vida, estes momentos serão suavizados pelo amor. E assim abre-se uma brecha para o retorno da felicidade nas nossas vidas. Essa atitude da parte de seus amigos aumentará a sua capacidade de se autoperdoar, ter compaixão com você mesmo, aceitar seu erro e ter fé e esperança de que conseguirá reparar os seus erros e voltar a ser feliz.

Agora vejamos uma situação contrária: se, à guisa de ajuda seus amigos começarem a criticá- lo e culpá-lo (como infelizmente é comum que aconteça) dizendo, por exemplo, coisas tais como: “Você viu no que deu você não ter seguido os conselhos que te dei?” “Mas você foi um fraco, cair numa dessa”, e assim por diante no exercício de culpabilidade e julgamento feroz.

O coração da pessoa que errou e que está recebendo os julgamentos passa por um processo de descrença e de profunda baixa auto-estima na qual toda semente de esperança deixa de existir. Como o julgamento prevaleceu, neste caso o amor próprio diminuiu, limitou a capacidade de reação e a retomada da felicidade ou seja o julgamento engessou essa pessoa.

Essas considerações também nos levam a perceber como a energia que vem do outro tem a capacidade de interferir nas nossas vidas e é necessário que saibamos disso para que a nossa existência não seja regida por fora, mas sim pela força do 2º Corolário “Tudo está vivo, consciente e responsivo”. Convém lembrar que para os Kahunas todos nós estamos interligados por pequeninos fios denominados “aka” que nos ligam tanto aos nossos semelhantes quanto a todos os seres inanimados e sensientes: pedras, água, árvores, espíritos da natureza, espíritos desencarnados, nossos ancestrais, etc…

Assim posto estamos todos contidos nessa grande rede de comunicação invisível que é permeada por uma poderosa força, para eles Humana (similar ao Ch'i, Prana e o nosso Axé). O Mana nada mais é do que amor condensado que tal qual chama divina nos mantêm vivos conscientes e responsivos.

Podemos concluir que ser Feliz é Amar na medida em que nos mantemos ligados através do fio Aka com profundo respeito a tudo que está vivo no seu sentido Kahuna mais amplo. Somos conscientes do nosso papel no mundo e responsivos como co-criadores do Divino. A cada respiração que exalamos com amor respeito e reverência por nosso papel nesta grande rede de fios Aka estamos contribuindo para o equilíbrio amoroso criado pela alegria da felicidade, pois Amar é ser Feliz, ALORAH! Axé na Luz.

Os sete princípios xamânicos kahunas: uma proposta de vida

por Carminha Levy

Chegamos ao fim da “Jornada” dos princípios Kahunas. No xamanismo qualquer grande aprofundamento seja no mundo do meio (nossa realidade cotidiana) ou nos mundos profundos e superiores são chamadas de jornadas. Essas, por sua vez são compostas por “viagens” que vão configurando partes das verdades a serem reveladas ou partes das curas que estão sendo buscadas. Vocês agora precisam elaborar o que foi adquirido em cada viagem.

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Sugiro que vocês leiam os 6 princípios anteriores que podem ser acessdos no final desta página, conheçam agora o 7º princípio e façam uma releitura incluindo também todos e os 7 talentos Kahunas que desabrocham da prática consciente na sua vida diária de cada um destes princípios.

7º Princípio Kahuna: A eficácia é a medida da verdade

1º Corolário: Há sempre um outro jeito de fazer as coisas

Este enunciado do 7º princípio aparentemente, é difícil de ser entendido. Sabemos que a verdade é profundamente volátil, pois ela pode ser vista de tantas maneiras que é usual se subtender que há uma “verdade de cada um” ou “assim é se lhe parece” . Se por um lado a essa flexibilidade possa ser vista como um aspecto de tolerância, por outro lado essa visão pode levar a uma licenciosidade, falta de ética e hipocrisia. Pois há, sim, verdades que são únicas e universais, estabelecidas por um código de honra inspirado pela moral e religiosidade do nosso EU Superior.

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Mas como distinguir o que é verdadeiro no dia-a-dia, quanto o culto à mentira sai do âmbito da política e afeta as relações amorosas, de amizade e até o vínculo como o “detector de mentira”, a eficácia que resulta da autenticidade da sua verdade. O que é verdadeiro para você tem que ser verdadeiro por uma questão de respeito para o outro.

A teia dos sonhos, aquela que ensina que tudo é conectado (1º corolário do 2º princípio) “Não há limites"

Isso nos revela que o que é eficiente para todos é verdadeiro. Pois a rede eletromagnética não pode se manter intacta e cada vez mais agregando energias que constroem a luz do mundo se houver algum curto-circuito advindo das razões ocultas da dor como ódio, amargura, vingança. Esse curto-circuito se manifesta através de nossas atitudes impensadas, decisões precipitadas e vícios o maior de todos é a mentira que se alimenta da ausência de luz.

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É a eficácia, quando incorporada ao nosso código de ética, que nos leva a por em prática o 1º corolário: "Há sempre um outro jeito de fazer as coisas”.

Para mim esse é o mais sábio e esperançoso conhecimento dessa coletânea de princípios e corolários. Pois se “Há sempre um outro jeito de fazer as coisas “as portas para o autoperdão estão perenemente abertas para que uma nova forma de viver flua, dando passagem à reparação de todos nossos equivócos e erros. A criatividade, regida por este corolário, está presente em todas as dificuldades apontando saídas inusitadas e qualquer fase de crise pode, com a certeza de que fazemos parte da rede de luz que nos liga a todos, transformar o caos em Vida.

Finalizando convém lembrar: os talentos Kahuna que esses princípios nos trás:

1º O mundo é o que você pensa que é
Talento: Visão

2º Não há limites
Talento: Clareza

3º A energia flui onde a atenção vai
Talento: Enfoque

4º O momento de Poder é Agora
Talento: Presença

5º Amar é ser Feliz (Alorah)
Talento: Benção

6º Todo o poder Vem de dentro
Talento: Empoderamento

7º A eficácia é a medida da Verdade (A Teia dos Sonhos)
Talento: Participação