Pakauwah, poder e energia

por Carminha Levy

O xamanismo que nós praticamos segue o rumo da própria história da humanidade. Convém lembrar que o xamanismo data da aurora do princípio do Tempo, o que iremos recordar neste breve resumo.

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Nos primórdios quando os seres humanos dormiam o sono da inconsciência (no Éden) alguns homens e mulheres, seres privilegiados, ouviram um misterioso chamado que os levou à sua origem Sagrada e o arquétipo do Divino Se fez ouvir.

Diferenciados dos demais por terem a capacidade de entrar em êxtase, esses homens e mulheres há aproximadamente 200 mil anos antes dos tempos conhecidos, conseguiram “viajar multidimensionalmente”, mobilizados por uma Voz Interior. Por essa centelha de desejo de conexão com o Absoluto, eles deram um salto quântico para o quinto nível da Grande Corrente dos Seres e ganharam a Consciência.

De acordo com Ken Wilber, a Grande Corrente dos Seres é uma espiral que conduz os Seres Humanos, desde sempre, ao longo da Evolução da Consciência, da sua primitiva origem até o seu retorno ao Absoluto.

Esses foram os primeiros Xamãs, que acordaram a humanidade despertando sua consciência, o que eles continuam a fazer. Agora eles têm a missão mais ampla de todas: fazer soar a Consciência Humana com a Cósmica.

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O caminho percorrido pelos xamãs desde a Consciência Cósmica até os dias atuais segue o mesmo roteiro e seus instrumentos de trabalho são os já conhecidos. Eles têm a percepção que são divinos e que essa divindade se manifesta através de um ego que deve ser disciplinado, principalmente por conhecer seu talento sagrado e suas limitações, reconhecendo seu lado oculto, principalmente sua sombra que precisa sempre ser iluminada.

Seus companheiros são os mesmos: seus mestres xamânicos, objetos de poder, e sua forma de atuação também é igual: viajam ao som do tambor (o cavalo do xamã), resgatam almas, curam, sacraliza e transformam o caos em criatividade. Seu grande companheiro inegavelmente é o seu animal de poder – clique aqui e leia.

Das mil possibilidades com que o xamã cósmico foi abençoado e que gradativamente irei informando vocês, destaco a mais fascinante de todas: a descoberta do animal da quinta dimensão – o Pakauwah.

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Como o xamã primordial que desde então percorria as multidimensionalidades, agora ele o faz com o auxílio do Pakauwah. Esse animal que faz parte de nós, como o nosso animal de poder também o faz, precisa ser chamado e para tal o xamã necessita de um grau de autoconhecimento que o sacralize, pois ele atua a partir do interior do coração de onde viaja para a quinta dimensão. Convém lembrar que na quarta dimensão nós acessamos o etérico e que na quinta já saímos do corpo e estamos no eterno agora – sem tempo e nem espaço.

O Pakauwah não é um animal igual aos que nós conhecemos, mas ao mesmo tempo ele tem a mesma forma que curiosamente durante a viagem vai se transmutando – por exemplo uma tartaruga que cria asas e é fosforescente!

Eles são muitíssimos alegres e sempre ensinam através de metáforas ou mesmo de pegadinhas. Vou contar para vocês meu primeiro encontro com o Pakauwah. Estávamos no Grupo de Xamanismo Avançado – Os Cavaleiros da Luz – fazendo nossas primeiras tentativas de encontrá-lo. O tema da viagem xamânica era a busca da prosperidade, o Pakauwahde cada uma iria levar-nos à Fonte de onde vem essa energia.

Minha primeira surpresa é que ao invés de meu poderoso leão, me aparece um cachorrinho poodle que latia sem parar. Inicialmente eu ignorei-o, mas o tempo ia passando e nada do leão poderoso e o bichinho não parava de latir, subir no meu colo e o jeito foi segui-lo. Ele me leva até uma mesa de cozinha vazia e coberta com uma longa toalha branca. Fico frustrada e penso: “Esse cachorrinho de Pakauwah não tem nada.” Óbvio que ele ouviu meu pensamento, arreganhou os dentes para mim e puxou a toalha. Qual não foi meu espanto quando vejo debaixo da mesa uma imensa cornucópia de ouro na qual saía sem parar frutas de todas as espécies, flores perfumadas e milhões de moedas de ouro.

Moral da história: meu Pakauwah me ensinou não ser tão arrogante (eu esperava o leão e o que veio foi um minúsculo poodle – cachorrinho de madame) e a praticar a confiança e a entrega, não tendo uma ideia pré-concebida de onde as coisas podem acontecer, pois jamais imaginaria uma cornucópia mágica debaixo de uma simples mesa de cozinha.

No próximo texto vou ensinar como descobrir o seu Pakauwah. Mas você precisa retornar esses meus textos (clique aqui e leia) e recordar como se acha o animal de poder, pois quem não tem esse conhecimento, não chegará a esse animal sutil e mágico da quinta dimensão.