Por que os homens adoram ser desprezados?

por Anette Lewin

"Por que os homens adoram ser desprezados, pois estava fazendo de tudo e nada. Depois que comecei a me afastar e a fazer de conta que não nem aí, ele vindo atrás do jeito que eu gosto. Por que isso?"

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Resposta: Faz parte da natureza dos homens o desafio da conquista, pois na natureza em geral, os machos fazem a corte e as fêmeas aceitam ou rejeitam. Quando eles sentem que já conquistaram … podem buscar novas conquistas. E aí reside o perigo.

Nossa leitora percebeu que se deixar seu parceiro na dúvida, ou seja, se não disser sim a tudo o que ele propuser, ele se sentirá obrigado a se esforçar para conquistá-la e a tratará melhor. Não se trata exatamente de desprezá-lo, mas apenas deixar a porta aberta para a dúvida.

Mas no amor não se deve ser autêntico e expor os sentimentos?

Afinal, quando nos sentimos apaixonados temos vontade de agradar a qualquer preço. Se pensarmos bem, agradar não é somente submeter-se a vontades imediatas ou caprichos.

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Agradar é avaliar também as expectativas mais profundas do parceiro(a), como a necessidade de conquista masculina citada acima; é levar em conta que não adianta demonstrar uma disponibilidade enorme que não poderá ser mantida por muito tempo. Melhor intercalar "sim" e "não" desde o começo. Afinal, muitas vezes dizer sim ao outro é dizer não a nós mesmos. E ninguém vai gostar de quem não se leva em consideração.

É importante avaliar, porém, que as atitudes de início de conquista funcionam… para o início da conquista! É claro que nenhuma relação vai se sustentar apenas no jogo do "sim" ou "não". Na medida em que vai se aprofundando, qualquer vínculo precisa de mais cumplicidade, mais autenticidade, mais generosidade e mais disponibilidade.

Assim, nossa leitora, feliz com a descoberta do "não" como arma de conquista deverá entender que, caso esse namoro continue, não bastará o simples jogo de gato e rato para manter seu namorado interessado.

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Se não for erguida uma base de conquistas feitas a dois, frustrações superadas em conjunto, planos compartilhados com realismo e a verdadeira vontade de estar com o outro, nenhuma técnica de conquista, por mais eficaz que seja, salvará o relacionamento.