O que pensam as pessoas que praticam o poliamor?

por Tatiana Ades

O poliamor se refere à prática de ter vários relacionamentos afetivos e sexuais ao mesmo tempo.

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As pessoas que o praticam alegam que o ciúme é um mal desnecessário e nada bem-vindo em uma relação e que existe um excesso de amor muito grande no indivíduo para que seja compartilhado com apenas uma pessoa.

Conversando com algumas pessoas que aderem a esse tipo de “filosofia de vida”, pude perceber alguns pontos importantes:

Grande parte dos homens e mulheres que praticam o poliamor já tiveram uma grande decepção amorosa no passado, ou até mesmo, um trauma sexual.

Muitos jovens aderem ao poliamor pela possibilidade de uma quantidade grande de relações sexuais, sem julgamento daqueles que os cercam.

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Outras pessoas alegam que o romantismo já saiu de moda e que o amor por várias pessoas pode ser bem mais interessante e forte do que o monogâmico.

A sociedade moderna está disfarçando dores em amores. Obviamente existem pessoas que praticam o poliamor e realmente acreditam nele, mas grande parte está apenas escondendo dores em amores.

Todo tipo de amor vale a pena? Sim, se for real e sincero. Mas vivemos numa sociedade que incita o relacionamento poligâmico e descreve o “amor” num contexto sexual.

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O resultado pode ser muito perigoso: pessoas ainda mais carentes e necessitadas de um amor sincero e monogâmico praticando atos de orgias sexuais para uma falsa sensação de amor pleno.

Vivenciei o polimamor e senti uma sensação de vazio   

Porém, quando o vazio permanece, deve-se sempre se questionar:

– Eu realmente acredito nessa filosofia de vida?

– Estou praticando o poliamor por convicção ou convenção social?

– Sinto-me mais frustrada(o) após a prática?

– Tive algum trauma ou relacionamento muito frustrante que me levou a desacreditar na monogamia?

– Já acreditei na monogamia?

Todo ato de amor deve ser observado, visto que nosso corpo é um templo e nosso emocional uma bomba relógio.

Então fique sempre muito atento com suas escolhas: elas vieram da sua essência, do seu passado frustrado ou de uma sociedade insaciável e carente?